O Governo dos Estados Unidos está preparando uma revelação de informações sobre objetos voadores não identificados (OVNIs) para o mês de junho. Pelo menos, é o que garante Luis Elizondo, ex-chefe do Programa de Identificação de Ameaças Aeroespaciais do Pentágono.

“Acho que o governo reconheceu a realidade (de fenômenos aéreos não identificados, UAP, na sigla em inglês)”, disse Elizondo, em entrevista ao jornal New York Post. O relatório deve revelar o que as Forças Armadas norte-americanas sabem sobre aeronaves avistadas inexplicavelmente e desmistificar outros casos relatados.

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Não necessariamente o mundo vai saber sobre alienígenas voando por perto. Podem ser balões e coisas mais simples. Vale lembrar ainda que Luis Elizondo já prometeu antes que haveriam atualizações sobre os OVNIs. No ano passado, ele chegou a dizer que a força-tarefa do Pentágono que trata dos objetos não precisava mais se esconder.

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Dessa vez, a afirmação do ex-chefe do Pentágono se baseia numa ordem dada pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump. Antes de deixar o mandato, ele solicitou que as agências de inteligência do país divulguem o que sabem sobre OVNIs ou UAPs até o verão do hemisfério norte de 2021.

Há quase um ano, o Pentágono divulgou vídeos feitos pela Marinha dos EUA de objetos não identificados.

“Creio que todos querem respostas e que estão dispostos a fazerem as perguntas difíceis”, acrescentou Luis Elizondo. Ainda em entrevista ao New York Post, ele descreveu objetos voando a mais de 17 mil quilômetros por hora e fazendo voltas “instantâneas”. A título de comparação, Elizondo explicou que jatos que atingem a mesma velocidade precisam de muito espaço para realizar uma curva.

“Essas coisas não têm asas, cockpits, controle na superfície, rebites no exterior, nenhum sinal óbvio de propulsão e, de algum modo, são capazes de desafiar os efeitos naturais da gravidade. Como é possível?”, questionou Elizondo.

Por fim, o ex-chefe do Programa de Identificação de Ameaças Aeroespaciais do Pentágono afirmou que não é algo a se guardar, “como um bom vinho”, que melhora com o tempo. “Está é uma conversa como uma fruta ou um vegetal apodrecendo na geladeira. Quanto mais tempo ficar lá, mais vai feder”, concluiu.