Se receber parte do dinheiro usado nas compras de volta (cashback) parece algo interessante, ganhar benefícios em moedas digitais pode ser ainda mais atraente. Pelo menos é essa a aposta da bandeira de cartões Mastercard. A companhia, junto da corretora americana de criptomoedas Gemini, vai lançar o primeiro cartão de crédito que oferece aos usuários recompensas em moedas digitais.
A previsão é de que os cartões da Mastercard sejam disponibilizados nos Estados Unidos a partir de junho deste ano. Segundo a companhia, até 3% da quantia paga nas compras poderão retornar aos clientes em bitcoin ou outras criptomoedas.
Os benefícios serão alocados na conta Gemini do titular do cartão, que será emitido pelo WebBank — um credor digital com sede em Utah, nos Estados Unidos.
“Conforme os consumidores passam a gastar em vários locais de aceitação, agora eles têm a chance de ganhar recompensas na forma de criptomoedas”, disse Raj Dhamodharan, chefe de Ativos Digitais e Produtos e Parcerias de Blockchain da Mastercard.
Leia mais:
- Samsung e Mastercard vão desenvolver cartão de crédito com biometria
- Mastercard passará a aceitar criptomoedas para pagamento direto
- Mastercard testa cartão com leitor de impressão digital na Ásia
A medida é mais uma ação da Mastercard para incorporar o universo das criptomoedas em suas operações. Em fevereiro deste ano, a companhia afirmou que pretende oferecer suporte para algumas moedas digitais em sua rede ainda em 2021.
O movimento também é seguido pelas rivais do setor. Em março, a Visa tornou-se a primeira grande rede de pagamentos a liquidar transações com a criptomoeda USD Coin (USDC). O PayPal, por sua vez, passou a aceitar pagamentos com moedas digitais em compras realizadas nos EUA.
À medida que investidores, empresas e consumidores tornam-se cada vez mais favoráveis às criptomoedas, as gigantes de pagamento intensificam ações e investimentos para integrar os ativos em suas operações.
O resultado disso são soluções cada vez mais inovadoras e um mercado no setor de pagamentos gradativamente mais acirrado.
Fonte: Reuters