Mais uma vez, elefantes africanos de Botsuana, país da África Austral, morreram misteriosamente. No primeiro trimestre de 2021, 39 animais faleceram na Reserva de Caça Moremi, norte do país, que fica a quase 100 quilômetros da região do Delta do Okavango, onde 350 elefantes morreram entre maio e junho de 2020.

Os cientistas não sabem explicar as mortes dos bichos e pedem investigações completas, enquanto o governo do país manda mensagens contraditórias sobre as causas. Até agora, antraz, uma doença bacteriana rara e grave, e outras infecções foram descartadas nas novas mortes.

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“Mais análises laboratoriais estão em andamento”, informou o Departamento de Vida Selvagem e Parques Nacionais de Botsuana. O comunicado, porém, é antigo, do dia 24 de março.

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Acredita-se, com base em resultados preliminares, que as 39 mortes de elefantes recentes estão ligadas às mesmas toxinas de cianobactérias culpadas pela morte em massa do ano passado, segundo a ministra do Meio Ambiente, Conservação de Recursos Naturais e Turismo do país, Philda Kereng. Mas essa resposta também já tem mais de um mês. O discurso da ministra aconteceu no dia 30 de março, na televisão estatal.

Elefantes africanos
Botsuana abriga um terço da população de elefantes do continente africano. Imagem: Pixabay

“A mortalidade de 2021 é novamente específica de elefantes, como foi o caso em 2020”, disse o cientista veterinário Shahan Azeem, da Universidade de Veterinária e Ciências Animais em Lahore, Paquistão. Assim, evidências apontam para o mesmo patógeno, pois outros animais teriam morrido se a causa fosse antraz. Caça também foi descartada, pois os corpos dos elefantes estavam intactos, com as presas ainda no lugar.

Botsuana é o lar de um terço da população de elefantes do continente africano, com cerca de 130 mil animais da espécie. Tanto a redução do habitat natural dos bichos como a mudança climática podem expô-los a patógenos mortais. Os elefantes da região estão em situação vulnerável, ameaçados de extinção.

Via: Science News

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