A Agência Espacial Chinesa (CNSA) confirmou na noite de sexta-feira que o rover Zhurong pousou com sucesso na superfície de Marte. Isso torna a China o terceiro país a conseguir o feito, após a União Soviética (com a Mars 3, em 1971) e os EUA (com a Viking 2, em 1976).

Zhurong é parte da missão Tianwen-1, que foi lançada em julho passado e chegou a Marte em fevereiro deste ano. Além do rover, a Tianwen-1 também inclui um satélite de mesmo nome, que continuará em órbita do planeta para coletar dados sobre seu clima e geologia e servir de “ponte” de comunicação com o rover.

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O Zhurong teve seu nome escolhido por um concurso entre internautas chineses. Seu nome é referência a um “deus do fogo” em uma lenda chinesa, algo apropriado já que, em chinês, Marte é conhecido como “estrela de fogo”.

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O robô, que é movido por energia solar, é equipado com um radar de penetração no solo, capaz de analisar até 100 metros abaixo da superfície do planeta, um detector de campos magnéticos, um instrumento meteorológico, um espectrógrafo infravermelho com indução a laser, para medir a composição de rochas, e uma câmera multi-espectral, capaz de captar de uma só vez vários tipos de luz visível e invisível, como infravermelha ou ultravioleta.

Maquete do rover chinês Zhurong, que explora a superfície de Marte
Maquete do rover chinês Zhurong, que irá explorar a superfície de Marte. Imagem: CNSA

A expectativa da CNSA é que o Zhurong opere na superfície de Marte por 90 “Sóis” (nome dado ao dia Marciano, que dura 24 horas, 39 minutos e 35 segundos. Mas não é raro que essa estimativa seja excedida: o rover lunar Yutu 2 tinha vida útil estimada em 90 dias terrestres, mas já explora o lado distante da Lua há 862 dias.