O Observatório da Covid-19 da Fiocruz divulgou um boletim extraordinário na última quinta-feira (13) falando sobre a circulação do vírus e alertou para o risco de uma eventual terceira onda. Segundo a entidade, o Brasil registrou uma ligeira redução nas mortes nas últimas semanas, mas destaca que os índices continuam em um “patamar alto”.
Possível terceira onda da Covid-19
De acordo com o documento, a semana dos dias 2 a 8 de maio teve uma média diária de 61 mil casos e 2,1 mil óbitos por Covid-19. O número de casos aumentou ligeiramente, a uma taxa de 0,3% ao dia, enquanto o número de óbitos teve uma redução de 1,7% diariamente. Além disso, houve uma redução nas taxas de ocupação de leitos de UTI. No entanto, a melhora ainda é classificada como baixa pela Fiocruz e o país ainda pode permanecer em níveis críticos nas próximas semanas.
“Além de dar oportunidade para o surgimento de novas variantes do vírus devido à intensidade da transmissão, como temos visto em outras regiões e países”, registrou a entidade. O boletim também fala sobre a necessidade da manutenção das medidas de isolamento social e os cuidados de saúde pois “uma terceira onda agora, com taxas ainda tão elevadas, pode representar uma crise sanitária ainda mais grave”.
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As taxas de ocupação dos leitos de UTI nos estados do Acre e do Amazonas caíram consideravelmente. No Sudeste houve a saída de Minas Gerais e Espírito Santo da zona de alerta crítico. No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e o Distrito Federal apresentaram quedas no indicador superiores a 9 pontos percentuais e Mato Grosso deixou a zona de alerta crítico. O Nordeste manteve relativa estabilidade, com alguma melhora do indicador no Maranhão e Ceará e permanência de cinco estados com taxas de 90% ou mais.
“Uma nova explosão de casos de Covid-19 (terceira onda) a partir do patamar epidêmico atual, que permanece elevado, será catastrófico. São mais de 420 mil mortes. Grande parte da população brasileira já vivenciou a perda de um familiar, um amigo, um vizinho ou um colega de trabalho. Ainda não se tem dimensão da extensão e dos desafios que se colocam com as sequelas deixadas pela Covid-19 em pacientes graves e, mesmo com quadros moderados, das suas repercussões na qualidade de vida das pessoas e demandas que elas vão impor ao sistema de saúde em médio e longo prazos”, diz ainda o documento.
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