Pesquisadores da Universidade de Queensland e da Universidade Monash montaram a primeira estrutura molecular 3D de forma completa do vírus Binjari, que é disseminados por insetos como a dengue. A novidade no universo da ciência pode contribuir para a elaboração de vacinas mais eficazes.

O professor e pesquisador, Daniel Watterson disse que a equipe estava estudando o vírus chamado Binjari, específico para o inseto, quando fizeram a descoberta. Ele contou que ao analisar a estrutura molecular de maneira mais nítida, perceberam que todos trabalharam em cima de um erro desde 2008.

“Estávamos usando o vírus Binjari, seguro de manipular da Austrália, que combinamos com genes virais mais perigosos para fazer vacinas mais seguras e eficazes”, explicou Dr. Watterson. Ele complementou que é como se construíssem uma casa com a planta errada e como isso faz diferença na hora de garantir a eficácia da vacina. “É o que acontece quando você está tentando construir vacinas e tratamentos eficazes e seu ‘mapa’ molecular não está muito certo”, disse.

Com o foco em chegar nesta conclusão e de fato começar a caminhar para melhorias na qualidade da vacina, o time de cientistas usou uma técnica conhecida como microscopia eletrônica criogênica para captar imagens do vírus, conseguindo assim dados de alta resolução do Ramaciotti Center for Cryo-Electron Microscopy da Monash.

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Após centenas de imagens bidimensionais coletadas do vírus, eles combinaram usando uma plataforma de computação com altíssimo grau de desempenho para construir uma estrutura 3D com boa resolução.

O professor Fasséli Coulibaly também participou da pesquisa e disse que a revelação pode levar a novas e melhores vacinas, evitando assim a enorme carga de doenças em todo o mundo: “Os vírus são distribuídos globalmente e o da dengue sozinho infecta cerca de 400 milhões de pessoas anualmente.”

Coulibaly descreveu que o vírus causa uma variedade de doenças graves, como: hepatite, síndrome do choque vascular, encefalite, paralisia flácida aguda e morte fetal. Doenças as quais as pessoas podem ser imunizadas a partir de vacinas eficazes. “Esta é uma continuação da pesquisa fundamental por nós e outros e, sem este conhecimento básico duramente conquistado, não teríamos a base sólida necessária para projetar os tratamentos de amanhã”, finalizou.

Fonte: Medical Xpress

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