Uma empresa de biotecnologia quer liberar milhões de mosquitos na Flórida, nos Estados Unidos. Mas não é uma mal negócio. Dessa vez os irritantes insetos vão servir para controlar a proliferação de um inimigo bem conhecido por aqui: o Aedes Aegypti, o mosquito da dengue.

Os primeiros mosquitos geneticamente modificados levantaram voo no vilarejo de Islamorada, localizado nas Ilhas Keys, sul do estado da Flórida, nos Estados Unidos. Depois de um longo debate, a empresa britânica de biotecnologia Oxitec liberou as muriçocas nesta sexta-feira para tentar controlar a população invasora de Aedes Aegypti, que vem espalhando dengue e a Zika na região.

Os mosquitos transgênicos são machos e já estão em idade de acasalamento. Agora, os animais vão encontrar as fêmeas de Aedes Aegypti.

Os insetos da Oxitec carregam complementos genéticos que bloqueiam o desenvolvimento nas fêmeas. Assim, nenhuma larva fêmea deve sobreviver até a idade adulta na natureza. Metade dos mosquitos filhotes do sexo masculino liberados carregam a característica de matar as filhas. Isso porque são as fêmeas que transmitem as doenças. A outra parte vai gerar famílias normais.

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Inicialmente até 12 mil mosquitos geneticamente modificados vão alçar voo. Se tudo der certo, vão ser liberados até 20 milhões de insetos no ar até o outono do Hemisfério Norte.

Esta solução já é aprovada no Brasil desde maio de 2020, e projetos-piloto semelhantes estão em curso no Brasil há 11 anos.

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