Em abril deste ano a Neuralink, empresa fundada por Elon Musk que desenvolve interfaces entre o cérebro humano e as máquinas, demonstrou um macaco rhesus chamado Pager, que consegue comandar um computador e jogar Pong graças a um de seus implantes neurais. 

Mas se depender de um homem norte-americano, Pager vai ter que aprender a jogar contra outros oponentes em breve. Nathan Copeland, que ficou paralítico após um acidente de carro e retém mobilidade limitada no ombro e em uma das mãos, está desafiando o animal para um duelo de Pong

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Copeland também tem um implante neural. Entretanto, é um modelo mais antigo chamado “Utah Array“, que consegue monitorar 160 neurônios motores de uma só vez, contra 1.000 neurônios no modelo da Neuralink. Ainda assim, o implante permite ao homem curtir jogos como Sonic, que é consideravelmente mais complexo do que Pong.

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Ele também pode movimentar um cursor em quatro direções na tela de um computador ou tablet, apenas imaginando o comando. Pensar em fechar a mão gera um “clique” do “mouse”. Com isso, Copeland pode usar um tablet para navegar na internet, e até mesmo desenhar no Paint.

“Assim que vi aquilo pensei: ‘será que consigo vencer aquele macaco?’, disse ele. Entretanto, a decisão de desafiar o animal não foi algo fácil: “posso tomar uma surra”, disse ele. “Mas sim, eu jogaria”.

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Segundo Copeland, Pager teria uma vantagem não por ser mais habilidoso, mas “porque tem muito tempo para jogar”. Já ele jogou sua primeira partida de “Mind Pong” nessa semana. “Já estamos nos preparando e treinando”, disse.

Nathan Copeland jogando "MindPong" com seu implante cerebral. Imagem: Nathan Copeland
Nathan Copeland jogando “MindPong” com seu implante cerebral. Imagem: Nathan Copeland

O objetivo inicial da Neuralink para seus implantes, conforme explicado em um post em seu blog no mês passado, é “devolver a liberdade digital às pessoas com paralisia”, permitindo que elas “se comuniquem mais facilmente por texto, para seguir sua curiosidade na web, para expressar sua criatividade por meio da fotografia e da arte e, sim, para jogar videogame”.