A missão “Solar Orbiter” registrou a sua primeira erupção solar – um marco bastante antecipado em sua história, considerando que a “missão” nem sequer começou. Coordenada e executada em conjunto entre a Nasa e a Agência Espacial Europeia (ESA), a Solar Orbiter tem por objetivo estudar diversos fenômenos do Sol, mas os dados coletados só começarão a ser analisados em novembro deste ano.

As erupções solares – ou “ejeções de massa coronal”, se você quiser ser técnico – são, como já diz o nome, um tipo de erupção de gás ionizado em alta temperatura dispensado na atmosfera. Basicamente, um pedaço da atmosfera do sol se desprende e viaja para longe. Ao chegar à Terra, esse material pode ter efeitos nocivos, como tempestades geomagnéticas que causam problemas em circuitos elétricos e meios de comunicação.

Veja o vídeo capturado pela Solar Orbiter abaixo:

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Na hora do registro, a missão estava situada mais ou menos na metade da distância entre a Terra e o sol, mas em um ponto normalmente oposto da estrela em relação ao nosso planeta.

Com isso, ela foi capaz de ver coisas que são normalmente invisíveis a quem observa o sol diretamente por aqui ou pelo espaço. Paralelamente, isso torna o envio de dados coletados bem mais lento.

A observância das erupções solares também foi mais ou menos ao acaso: o SoloHI (sigla que se refere ao instrumento de captura de imagem “Solar Orbiter Heliospheric Imager”) estava operando com apenas um de seus quatro sensores, em acionamento esporádico.

Ou seja, o sistema simplesmente deu a sorte de acioná-lo naquela hora. Segundo a Nasa, quando a missão começar de fato, ele deve operar com quatro sensores e frequência 85% maior, o que, esperamos, tornará os registros deste e de outros eventos mais comuns.

Vale lembrar que, belíssimas como elas são, ejeções de massas coronais devem ser observadas pelos especialistas com cautela, uma vez que suas emissões podem danificar seriamente os equipamentos usados nas naves – bem como as próprias naves em si.

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