O governo da Índia está, novamente, em conflito com o Facebook e o tema da vez é a nova política de privacidade do WhatsApp. Em uma carta, o Ministério de Eletrônica e Tecnologia da Informação (MeitY) pede que a empresa desista da atualização.

O TechCrunch teve acesso ao documento. No texto enviado nesta terça-feira (18) para o Facebook, o MeitY diz que a companhia tem sete dias para responder com medidas “satisfatórias”. Caso o contrário, o caso será levado para os tribunais.

“No cumprimento de sua responsabilidade soberana de proteger os direitos e interesses dos cidadãos indianos, o governo da Índia considerará várias opções disponíveis de acordo com as leis da Índia”, diz a carta sobre o WhatsApp.

Índia e o WhatsApp

O governo indiano já havia expressado “graves preocupações” relacionadas à nova política de privacidade. Após diversas discussões, com governos de diferentes países, a plataforma adiou as medidas em três meses, até o último dia 15 de maio.

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Com mais de 450 milhões de usuários, a Índia é o maior mercado de usuários do WhatsApp no mundo. “Não é apenas problemático, mas também irresponsável, para o WhatsApp aproveitar esta posição para impor termos e condições injustos aos usuários indianos, especialmente aqueles que discriminam os usuários indianos em relação aos usuários na Europa”, escreveu o ministério na carta.

No entanto, o WhatsApp alega que outras empresas na Índia mantêm políticas semelhantes de dados e que a nova medida não é ilegal. Além disso, a empresa de Mark Zuckerberg afirma que a comunicação na plataforma permanece tão privada quanto antes.

A nova política de privacidade diz respeito ao compartilhamento de dados do mensageiro com o Facebook. O prazo para aceitar acabou no último sábado (15), mas a plataforma fez um acordo no Brasil para não limitar os recursos de quem se recusar aceitar por um período de 90 dias.

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