Na quarta-feira (19), a Amazon foi processada por cinco mulheres que entraram com ações distintas contra a empresa. As acusações englobam violação de leis trabalhistas e desigualdade de pagamento, assédio sexual, discriminação racial e retaliação.

Dentre as autoras dos processos está a especialista em recursos humanos Tiffany Gordwin. Ela afirma que a empresa não apenas negou uma promoção, como também a transferiu para um cargo inferior por ser negra. A funcionária também acusa superiores de terem dado feedbacks inapropriados, baseados em estereótipos raciais.

Outra funcionária, que também trabalha no RH e acusa a Amazon sob o mesmo espectro, é Pearl Thomas. Ela alega ter sofrido assédio racial, além de afirmar que foi colocada em um programa de melhoria depois que denunciou um superior por injúria racial.

Amazon é processada por cinco mulheres que acusam empresa de assédio e racismo. Imagem: Shutterstock
Amazon é processada por cinco mulheres que acusam empresa de assédio e racismo. Imagem: Shutterstock

As outras três reclamantes são: Diana Cuervo, ex-gerente de operações de delivery; Emily Sousa, ex-gerente de turno do armazém; e Cindy Warner, ex-líder global da Amazon Web Services (AWS).

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As três alegam que passaram por situações de assédio sexual e todas elas foram demitidas como forma de retaliação, após registrarem reclamações formais sobre incidentes que ocorreram. Diana, inclusive, além do assédio sexual, teria também enfrentado discriminação por parte de um superior, por ter origem hispânica.

Os advogados que representam as funcionárias e ex-funcionárias, Lawrence Pearson e Jeanne Christensen, afirmaram, em nota, que essas questões são “sistêmicas, profundamente enraizadas, e perpetuadas por uma organização com recursos humanos que tratam como um problema os funcionários que levantam essas questões”.

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Por meio de um porta-voz, a companhia afirmou que está investigando as acusações e que “trabalha arduamente para promover uma cultura diversa, justa e inclusiva”.

O representante também disse que a Amazon não tolera “discriminação ou assédio de qualquer forma, e funcionários são incentivados a comunicar suas preocupações a qualquer membro da administração, ou por meio de uma linha direta e anônima, sem risco de retaliação”.

Mais processos

Essa não é a primeira vez que a Amazon passa por esse tipo de acusação. Em março, a colaboradora Charlotte Newman moveu um processo contra a companhia por discriminação, além de assédio moral e sexual.

Segundo Charlotte, a empresa não apenas a contratou para uma função que está aquém de suas qualificações, como posteriormente ela teria recebido mais tarefas em seu escopo de atuação, sem receber uma promoção para lidar com elas.

A funcionária, que é negra, também teria denunciado os mesmos problemas relatados por suas colegas: ela afirma que teve de lidar com um gerente que utilizou estereótipos raciais para aplicar um feedback negativo, bem como foi assediada sexualmente por um colega de trabalho.

Fonte: CNET

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