A gigante Amazon, de Jeff Bezos, novamente entrou na mira da justiça americana. Nesta terça-feira (25), o procurador-geral de Washington, Karl Racine, abriu um novo processo contra a varejista por práticas anticompetitivas.

De acordo com a acusação, a gigante usufruiu de práticas para sufocar competidores e controlar os preços de mercadorias online. Isso porque a Amazon teria utilizado cláusulas contratuais para impedir que comerciantes terceirizados vendessem produtos com preços menores em outros sites.

A empresa de Jeff Bezos possui um sistema de marketplace em que lojistas podem anunciar produtos em seu site. O modelo é bem similar aos negócios de Mercado Livre e AliExpress, por exemplo. Em troca da visibilidade dos produtos, a Amazon cobra uma comissão.

O problema é que termos contratuais fizeram com que os valores de produtos na Amazon sempre fossem mais baixos do que mercadorias dos mesmos vendedores anunciadas em outras plataformas de comércio eletrônico. Caso a política não fosse seguida, os comerciantes poderiam ser sancionados ou excluídos da plataforma da Amazon.

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A prática se estendeu até meados de 2019, quando a empresa removeu a cláusula em meio a investigações antitruste. No entanto, o procurador-geral da capital americana identificou que a Amazon adotou uma cláusula praticamente idêntica sobre “política de preços justos”.

Fachada da Amazon
Gigante entra novamente na mira da justiça americana, desta vez, acusada de práticas anticompetitivas. Foto: Sundry Photography/Shutterstock

Vale lembrar que na semana passada, a Amazon foi processada por cinco mulheres que entraram com ações distintas contra a empresa. As acusações englobam violação de leis trabalhistas e desigualdade de pagamento, assédio sexual, discriminação racial e retaliação.

Em março deste ano, a gigante também foi processada em uma ação coletiva que acusou uma de suas unidades, localizada na Califórnia, de não respeitar os intervalos de seus funcionários.

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Gigantes na mira

Com o novo processo antitruste aberto nesta terça, a Amazon junta-se a outras big techs que, recentemente, também foram acusadas de práticas anticompetitivas.

No fim de 2020, o Google foi acusado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos por práticas de monopólio sobre publicidade relacionadas a pesquisas. Na mesma época, a FTC (Federal Trade Commission) e 48 estados norte-americanos abriram um processo contra o Facebook, de Mark Zuckerberg, alegando monopólio da empresa ao adquirir o WhatsApp e o Instagram.

Redes sociais de Mark Zuckerberg
Aquisição de WhatsApp e Instsagram pelo Facebook são questionadas por autoridades americanas. Foto: Primakov/Shutterstock

Já em fevereiro deste ano, a Apple teve de pagar US$ 90 milhões para encerrar uma investigação antitruste da Comissão de Comércio Justo da Coreia do Sul. Nesta semana, a empresa da maçã enfrenta o último período da disputa judicial contra a Epic Games, que acusa a Apple de violar a lei antitruste ao cobrar altas taxas de comissão em sua loja de aplicativos.

Ao que parece, os reguladores internacionais estão cada vez mais atentos às práticas anticompetitivas das big techs. Embora tenham reportado crescimentos em suas receitas mesmo diante da pandemia de coronavírus, as gigantes terão que ligar o sinal de alerta para evitar novos impasses judiciais.

Fonte: G1

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