O governo chileno anunciou nesta semana a implantação do Sistema Nacional de Satélites (SNSat), composto por 10 satélites, 8 deles fabricados no próprio Chile. Todos eles serão lançados para o espaço pela SpaceX, empresa de Elon Musk, entre 2021 e 2025.

O país instalará também estações para realizar o monitoramento das informações transmitidas pelos novos satélites em Santiago, Antofagasta e Punta Arenas.

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“Com o novo Sistema Nacional de Satélites, a Defesa Nacional e suas Forças Armadas estão dando uma nova contribuição para o desenvolvimento do Chile. Os usos e projeções deste sistema são enormes graças ao duplo papel, civil e militar, que estes satélites cumprirão”, afirmou Baldo Prokurica, ministro da Defesa Nacional do Chile.

Em 2011 o Chile lançou o FASat-Charlie, que o colocou na vanguarda dos países latino-americanos em termos de presença no espaço. No entanto, o satélite perdeu sua vida útil há mais de quatro anos.

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Assim, o SNSat vem para atualizar e contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico chileno. Além de substituir o FASat-Charlie, o novo sistema terá acesso a aproximadamente 250 satélites internacionais.

Satélite chileno FASat-Charlie lançado ao espaço em 2011
O satélite chileno FASat-Charlie lançado em 2011 colocou o Chile na vanguarda espacial entre países da América Latina. Foto: Airbus

O projeto do ministro Prokurica, avalia colocar em órbita primeiro os satélites FASat Delta, FASat Echo 1 e FASat Echo 2, entre 2021 e 2024. Os outros 7 deverão seguir um cronograma específico, com um lançamento em 2023, três em 2024 e os demais em 2025. A SpaceX será encarregada de colocar todos os satélites no espaço.

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Além disso, o novo Centro Espacial Nacional (CEN) será inaugurado no ano que vem em Cerrillos, uma das 32 comunas que compõem a cidade de Santiago. No local, haverá um laboratório para a fabricação de satélites e cargas úteis, um centro de empreendedorismo e inovação espacial, um centro de controle de missão espacial e um centro de análise e processamento de informações geoespaciais.

“A agenda de trabalho integrará o setor público e privado, as forças armadas, a academia e a sociedade civil para atender às necessidades que vão além do campo da segurança e da soberania nacional, e incluem pesquisa, tecnologia, inovação e empreendedorismo para o desenvolvimento espacial chileno”, afirmou Andrés Couves, ministro da Ciência, Tecnologia, Conhecimento e Inovação.

“Poderemos utilizar os novos sistemas para observar nosso território em questões tão relevantes como desastres naturais e mudanças climáticas, entre muitas outras”, completou.

Via: Subtel