Três grandes estudos internacionais apontaram que o hábito de fumar durante a puberdade pode causar problemas de saúde em gerações futuras, principalmente quando se fala sobre homens. Já entre as mulheres, esse risco é maior quando mães e avós fumam tanto antes quanto durante o período de gravidez.
Segundo o artigo, exposições pré-natais e pré-púberes à fumaça do tabaco em homens podem causar a diminuição da função pulmonar em filhos futuros, podendo afetar até três gerações de descendentes. Os resultados dos três estudos foram publicados no European Respiratory Journal, um periódico científico europeu focado em doenças do trato respiratório.
O estudo destaca a importância de dar uma maior ênfase ao tabagismo em jovens na puberdade, que foi delimitada como antes dos 15 anos, para prevenir potenciais danos pulmonares em gerações futuras. Além disso, também foi sugerida uma maior atenção ao uso de narguilés e cigarros eletrônicos.
De acordo com os pesquisadores, tanto o período pré-natal, quanto a pré-puberdade são momentos de grande importância para o crescimento das células germinativas. Por isso, eles sugerem que o estilo de vida e os fatores ambientais afetam a saúde respiratória por meio de mudanças genéticas transmitidas pelas células germinativas masculinas. Além disso, as exposições relacionadas ao estilo de vida adotado nesse período também têm influência sobre as gerações futuras.
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Outra descoberta do estudo foi que o hábito de fumar na pré-puberdade em meninos pode levar à obesidade nos descendentes. Com isso, intervenções que visem prevenir o uso de cigarros, narguilés e cigarros eletrônicos nesse período podem trazer benefícios para as gerações futuras.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, em torno de 6 milhões de pessoas morrem por doenças relacionadas ao tabaco todos os dias. Porém, as projeções apontam que esse número pode aumentar para 8 milhões até 2030.
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