O navegador UC Browser, do Alibaba, faz a coleta de seus dados, como histórico de páginas visitadas e o seu endereço de IP, mesmo quando você navega por ele em modo incógnito, de acordo com o pesquisador de segurança Gabi Cirlig.

O especialista constatou o problema após fazer a engenharia reversa de dados criptografados que ele percebeu estarem sendo enviados para a China. Quando ele conseguiu quebrar essa proteção, ele viu que todos os dados de navegação do UC Browser – nas versões Android e iOS – eram compactados e enviados a servidores da gigante chinesa.

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O próprio Cirlig postou suas descobertas no YouTube:

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Cirlig levou suas descobertas à Forbes, que conseguiu comprovar seu trabalho por meio de outros dois pesquisadores independentes: “as promessas de privacidades feitas pela UCWeb são falsas, segundo o pesquisador Gabi Cirlig. Suas descobertas revelam que, tanto na versão para Android como na para iOS do UC Browser, toda página visitada, independente do usuário estar ou não em modo incógnito, é enviada aos servidores da empresa”, diz trecho da matéria publicada na revista, que menciona o fato da UCWeb ser uma subsidiária do grupo Alibaba.

“Cirlig também disse que os endereços de IP – que podem ser usados para obter a localização generalizada de cidade ou bairro do usuário – também vinham sendo coletados por servidores sob controle do Alibaba”, diz outro trecho da reportagem.

Em um post em seu blog no Medium, Cirlig deu mais detalhes: “o comportamento entre as plataformas é um pouco diferente. Enquanto no iOS os dados são apenas compactados, no Android, há mais proteção contra a visualização [de dados] com o tráfego usando um sistema avançado de criptografia após compressão”.

“O browser vai enviar aos servidores da UCWeb registros de uso, incluindo dados detalhados sobre as URLs acessadas, termos pesquisados [em mecanismos de busca], detalhes do dispositivo instalado e outras informações sensíveis”, disse.

A UCWeb não comentou o caso até o momento. Vale lembrar que outros navegadores chineses já passaram por esse mesmo problema: a Xiaomi também já foi acusada desse tipo de monitoramento com o navegador pré-instalado em seus smartphones.

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