Nesta quinta-feira (10) ocorre um “eclipse anular” do Sol, fenômeno que por alguns minutos produz um belo “anel de fogo” no céu, resultado da ocultação parcial do disco solar pela Lua passando entre nós e nossa estrela. 

Infelizmente, a faixa de totalidade é bem pequena. O eclipse anular só será visto do norte do Canadá ao Leste da Sibéria, passando pela Groelândia e pelo Mar Ártico. Grandes cidades do hemisfério norte, como Chicago, Nova York, Toronto, Boston, Paris, Londres, Berlim, Estocolmo e Moscou, poderão observar apenas um eclipse parcial a olho nu.

Mas isso não quer dizer que nós, brasileiros, vamos ficar de fora. Poderemos acompanhar o  eclipse através de transmissões online gratuitas, assim como fizemos com o eclipse lunar que, semanas atrás, se seguiu à “superlua de sangue“.

Quer ver como foi? Além dos vídeos divulgados nesta página, você pode acessar nossa curadoria de imagens publicadas no Twitter sobre o fenômeno.

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Como ver o eclipse solar do “anel de fogo” online

Ninguém melhor que a Agência Espacial dos Estados Unidos, a Nasa, para mostrar um eclipse ao mundo. A transmissão começa às 6h00 (horário de Brasília) na Nasa TV no YouTube ou no vídeo abaixo.

Entretanto, o Sol só será visível quando surgir no horizonte, às 6h47, justamente o ponto máximo do eclipse. Essa transmissão mostrará um eclipse parcial, com 90% do Sol coberto, então não teremos o “anel de fogo”. Mas será um belo espetáculo mesmo assim.

Outra das transmissões é a do Virtual Telescope Project, que vai começar às 6h30 (horário de Brasília) da quinta-feira. O vídeo poderá ser visto no site do projeto, ou também em seu canal no YouTube. Para facilitar, colocamos o vídeo logo abaixo. É só “dar play” na hora do eclipse e aproveitar.

Por fim, temos a transmissão do site Time and Date, que começa um pouco mais cedo: às 6h (horário de Brasília). O ponto máximo do eclipse, quando o “anel de fogo” surge no céu, deve ocorrer às 7h41.

O que é um eclipse anular do Sol?

Um eclipse ocorre quando um astro oculta outro. Durante um eclipse lunar, por exemplo, a Terra se coloca entre o Sol e a Lua. A sombra de nosso planeta projetada sobre a Lua faz com parte (eclipse parcial) ou toda ela (eclipse total), “desapareça” por alguns minutos. Isto é um eclipse.

Durante um eclipse solar, os papéis se invertem. É a Lua que fica entre o Sol e a Terra, ocultando nossa estrela. Mas uma peculiaridade na órbita Lunar gera um terceiro tipo de eclipse, o anular.

A órbita da Lua ao redor de nosso planeta é elíptica, e a distância entre ela e nós varia ao longo do tempo. No ponto mais próximo, o Perigeu, a Lua fica a 362.600 km de nós. Mas no ponto mais distante, o Apogeu, ela está a 405.400 km.

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É uma diferença de 42.800 km, que faz com que seu tamanho aparente no céu mude. Por exemplo, uma “superlua” é uma lua cheia que ocorre durante o Perigeu, fazendo com que ela pareça maior do que de costume no céu.

Já durante o Apogeu, a Lua parece menor. E se um eclipse solar ocorrer neste, ou próximo a este, momento, ela não é “grande” o bastante para cobrir todo o disco solar: uma parte de nossa estrela continua visível atrás dela, produzindo o “anel de fogo” no céu. É um eclipse anular do Sol.

O eclipse anular desta quinta-feira será o último de seu tipo, e penúltimo em geral, neste ano. Teremos um eclipse total em 4 de dezembro, mas que infelizmente só será visível em sua totalidade por quem estiver no extremo sul do planeta, incluindo as Ilhas Malvinas, no Oceano Atlântico, e a Antártica.

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Com colaboração de Marcelo Zurita