Mark Buchanan, físico e ex-editor da Nature, escreveu um artigo para o jornal americano The Washington Post nesta quinta-feira (10) afirmando que “tentar se comunicar com extraterrestres, se eles existirem, pode ser extremamente perigoso para nós”.

“A busca por alienígenas atingiu um estágio de sofisticação tecnológica e risco associado de que precisa de regulamentação estrita em nível nacional e internacional. Sem supervisão, até mesmo uma pessoa – com acesso a uma poderosa tecnologia de transmissão – poderia realizar ações que afetam o futuro de todo o planeta“, escreveu ele.

O assunto voltou à tona nos Estados Unidos após declarações de militares, agentes de inteligência e políticos democratas e republicanos sobre o que chamam de fenômenos aéreos não identificados (UAP, na sigla em inglês). Tanto que um relatório detalhando o que o governo americano sabe a respeito desses fenômenos está previsto para ser divulgado no dia 25 de junho deste ano.

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“Todos devemos ser gratos por ainda não termos nenhuma evidência de contato com civilizações alienígenas. Tentar se comunicar com extraterrestres, se eles existirem, pode ser extremamente perigoso para nós. Precisamos descobrir se é sábio – ou seguro – e como lidar com essas tentativas de maneira organizada”, afirmou Buchanan no artigo.

Para o físico, quaisquer extraterrestres que encontrarmos provavelmente serão muito mais avançados tecnologicamente do que nós, por uma razão simples: “A maioria das estrelas em nossa galáxia é muito mais velha que o sol. Se civilizações surgem com bastante frequência em alguns planetas, então deve haver muitas civilizações em nossa galáxia milhões de anos mais avançadas que a nossa. Muitos deles provavelmente teriam dado passos significativos para começar a explorar e possivelmente colonizar a galáxia”.

Mark Buchanan lembra que Douglas Vakoch, do METI International, argumenta que não é realista se preocupar com o perigo de uma invasão alienígena. Afinal de contas, enviamos emissões de rádio e televisão para o espaço há um século, e uma civilização muito mais avançada que a nossa provavelmente já as terá detectado. Se eles quisessem invadir, eles já o teriam feito.

“Ambos os caminhos – ouvir os alienígenas ou tentar chamá-los – alcançaram o estágio em que exigem uma discussão pública mais ampla, com o objetivo de desenvolver uma regulamentação sensata. Isso vai exigir os esforços de líderes de muitas nações, presumivelmente coordenados por meio das Nações Unidas ou algum órgão internacional semelhante. Deve acontecer agora. Ou em breve. Antes que seja tarde”, finalizou o cientista.

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