Nesta sexta-feira (18), o BBVA Switzerland, entidade suíça do banco espanhol BBVA, anunciou o seu primeiro serviço de negociação e custódia de criptoativos para clientes private banking. O produto será disponibilizado somente na Suíça e deve entrar em operação já na próxima segunda-feira (21).
O lançamento deverá animar os clientes do banco interessados em outros tipos de investimento e é anunciado após o BBVA da Suíça testar o serviço durante seis meses com um grupo seleto de usuários. Aliás, esse período de teste fez com que o BBVA detectasse um desejo significativo de investimentos em criptoativos pelos seus clientes.
“Esta implantação gradual permitiu ao BBVA Suíça testar as operações do serviço, fortalecer a segurança e, acima de tudo, detectar que existe um desejo significativo dos investidores por criptoativos — ou ativos digitais — como forma de diversificar seus portfólios, apesar de sua volatilidade e alto risco”, destacou Alfonso Gómez, CEO do BBVA Suíça.
Inicialmente, os serviços de negociação e custódia serão voltados apenas para o bitcoin, mas a ideia será expandir o alcance para outras criptomoedas no futuro. A entidade também afirma que não fornecerá consultoria sobre esses tipos de investimento.
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Momento de incertezas
O anúncio do BBVA Switzerland acontece em um momento delicado do bitcoin: embora o ativo tenha se tornado oficialmente uma moeda local de El Salvador, o que pode ser visto como algo positivo para a criptomoeda, diversos países têm adotado restrições sobre o seu uso e o de outros criptoativos.
No mês passado, a China proibiu que as instituições financeiras e empresas de pagamento do país forneçam serviços relacionados a transações de criptomoedas. Os EUA, por sua vez, passaram a exigir que qualquer transferência de criptomoedas igual ou maior do que US$ 10 mil seja relatada ao IRS, serviço de receita do Governo Federal americano.
Aliás, tratando-se de regulamentações, o BBVA afirma que o novo serviço de criptomoedas está limitado à Suíça pelo fato de o país contar com um ecossistema com regras claras e uma adoção generalizada desses ativos digitais. A expansão do serviço para outras regiões dependerá de fatores como maturidade, demanda e regulamentação dos países.
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