Os primeiros frutos da fusão entre o Wear OS e o Tizen, anunciada durante o evento Google I/O 2021, podem surgir mais cedo do que esperávamos. A Samsung marcou para a próxima segunda-feira (28), um evento virtual onde promete mostrar “como o ecossistema Galaxy de dispositivos conectados está preparado para dar às pessoas ainda mais possibilidades de enriquecer seus estilos de vida”.
O evento ocorre no primeiro dia do Mobile World Congress 2021, a maior feira do setor de telecomunicações no planeta, que em 2020 foi suspensa devido à pandemia de Covid-19. Neste ano o evento volta a ser realizado presencialmente em Barcelona, entre 28 de junho e 1º de julho, mas muitas empresas preferiram cancelar a participação presencial e realizarão apenas eventos virtuais.
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A Samsung promete “apresentar sua visão para o futuro dos smartwatches durante o evento, com oportunidades para entregar novas experiências com os aparelhos tanto para os desenvolvedores quanto para os usuários”
Rumores passados informavam que a próxima geração de smartwatches da empresa, por enquanto conhecida como Gear Watch 4 e Gear Watch Active 4, será anunciada em agosto e rodará o Wear OS 3.0. O software é fruto da fusão do sistema para smartwatches do Google com o Tizen, que é usado nos atuais aparelhos da Samsung.
É plausível que o “futuro dos smartwatches” seja justamente uma prévia destes aparelhos, dando aos desenvolvedores tempo para preparar seus apps e serviços para os relógios que estão por vir. Saberemos mais às 15h15 (horário de Brasília) do dia 28, quando a Samsung irá transmitir o evento em seu canal no YouTube.
Atualizar ou não? Eis a questão
Até o momento, não se sabe se os smartwatches atuais com o Wear OS poderão ser atualizados com o novo sistema. A Qualcomm, fabricante dos chips usados em praticamente todos os modelos, afirma que as plataformas Snapdragon 3100, 4100 e 4100+ são capazes de rodar o software.
Mas em declaração ao site XDA Developers, um porta-voz do Google afirmou que “a experiência do usuário é uma prioridade para nós. Não confirmamos a elegibilidade ou o cronograma de atualização dos smartwatches Wear OS para a nova plataforma unificada. Existem muitos requisitos técnicos para executar a plataforma, que garantem que todos os componentes da experiência do usuário sejam otimizados”.
Ou seja, o Google não promete uma atualização para os aparelhos atuais, citando o velho motivo da “experiência de uso”. A empresa dá a entender que um smartwatch atual rodando a nova plataforma não teria um desempenho satisfatório para os usuários, algo que qualquer um que já tentou atualizar um smartphone muito antigo para uma versão recente de seu sistema operacional, e depois sofreu com a lentidão do aparelho, pode compreender.
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