Apesar da rede ainda não estar disponível no Brasil, o 5G já vem sendo explorado por aqui. Enquanto as operadoras de telefonia habilitaram a rede DSS (compartilhamento dinâmico de espectro, na sigla em inglês), que serve como uma “prévia” do 5G “de verdade”, as fabricantes já lançaram celulares “5G ready”, ou seja, celulares compatíveis com as frequências 5G e que oferecem mais capacidades do que parte dos aparelhos 4G convencionais.

A rigor, a tecnologia 5G só chega oficialmente ao Brasil depois do leilão das frequências de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O 5G DSS habilita o 5G com capacidades das gerações anteriores, como o 4G LTE, mas no padrão 5G NR (New Radio).

A diferença, no entanto, é que a tecnologia não possui as frequências dedicadas que garantem uma velocidade superior. Ou seja: ela atinge velocidades altas de conexão, mas ainda não entrega todo o potencial do 5G. Segundo o edital do leilão aprovado pela Anatel, a tecnologia deverá funcionar em todas as capitais do país até julho de 2022, e deverá atingir todas as cidades brasileiras em 2029.

Atualmente, nós temos no Brasil algumas marcas que já possuem aparelhos compatíveis sendo comercializados. Dentre essas marcas está a Motorola, pioneira nesse movimento, que lançou aparelhos que já são compatíveis com as bandas que vêm sendo exploradas pelo 5G DSS, e que deverão ser utilizadas quando o leilão do 5G for aprovado e as redes começarem a operar.

Entre eles, existe o motorola edge e edge+, lançados em julho de 2020; o moto g 5G e moto g 5G plus, ambos lançados em outubro e em novembro; o Lenovo Legion Phone, celular gamer lançado por aqui em fevereiro deste ano; e o mais recente moto g100 5G, parte da reformulação da linha.

Isso significa que, além de serem modelos compatíveis com as redes 4G, os celulares também funcionam na atual rede provisória. Quando o 5G estiver disponível efetivamente, esses aparelhos estarão prontos para a nova conectividade. Isso implica em uma série de questões, já que os celulares passam a inaugurar uma nova era da conectividade móvel, com velocidades de download e navegação dezenas de vezes mais rápidas do que a rede atual, conectividade ampla e latência baixíssima.

Com cada vez mais fabricantes de chipsets e componentes eletrônicos apostando na tecnologia, a divisão de categorias acaba se expandindo para variadas faixas do mercado. É como se, além dos celulares premium e com recursos mais avançados, as categorias de entrada e intermediária também passassem a ganhar mais modelos disponíveis. E, de fato, é o que tem acontecido na maioria das fabricantes de celulares Android.

Igual por fora, diferente por dentro

Internamente, esses celulares trazem, normalmente, chipsets (processadores) mais avançados, já que foram lançados recentemente. Não somente, eles trazem, também, modelos mais novos de modems que são compatíveis com as redes móveis de quinta geração e mais capacidades de conectividade sem fio.

O moto g 5G, que seria o modelo de “base” desses celulares sobre os quais nós comentamos, traz um modem de radiofrequência que suporta os espectros da rede 5G SA (standalone). Mas, além disso, ele conta com um processador Qualcomm Snapdragon 750G 5G que oferece CPU 20% mais rápida e desempenho de GPU 10% mais rápido do que a geração anterior.

Em outras palavras, além desses modelos já estarem habilitados para o 5G, eles também carregam mais capacidades em relação aos chipsets lançados no passado. O que é natural, já que a indústria evolui partindo desses passos.

Então, de fato, os novos aparelhos tendem a entregar mais capacidades e longevidade de uso em relação às gerações anteriores. Assim o usuário consegue aproveitar as redes móveis com mais velocidade e estabilidade – além, é claro, de já meio que estarem à prova de futuro com a chegada do 5G “de verdade”. Os testes iniciais apontam para velocidades entre pouco mais de 100 Mbps até 400 Mbps– o que já é mais rápido do que a melhor rede 4G de telefonia.

O 5G “puro” permitirá uma taxa de transmissão de dados para os telefones até centenas de vezes maior do que a atual, já na casa dos gigabytes por segundo, e uma latência (teórica) de até 1 milissegundo – atualmente, com o 4G, a latência está perto de 80 milissegundos. Em testes realizados na Austrália, a operadora de telefonia Telstra e a Qualcomm atingiram a marca de 5 Gbps usando uma rede com tecnologia comercial e um único celular.

Uma dica para quem pensa em comprar um celular novo é ficar de olho exatamente em questões como: com quais bandas o aparelho já é compatível; qual a disponibilidade de rede na região em que reside; quais vantagens os aparelhos oferecem em relação aos dispositivos 4G LTE. Tudo isso, claro, para que a escolha seja benéfica tanto com relação ao custo-benefício, quanto à quantidade de recursos que podem ser explorados.

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