O exército de Israel está posicionando robôs armados com metralhadoras na Faixa de Gaza, região fronteiriça do país com a Palestina. A ideia é reforçar o policiamento da muralha que divide a região já há muito militarmente conturbada por ataques israelenses e revides palestinos.

Segundo informações do Daily Beast, os robôs não são autônomos, mas contam com acionamento remoto. No caso em mãos, pessoas que vêm da Palestina em direção à Israel terão que obedecer a comandos de retorno ou rendição emitidos por um sistema de alto-falantes. Aqueles que não obedecerem, terão que lidar com os “robocops da vida real”.

Os robôs, apelidados “Jaguares”, foram dispostos na muralha neste mês, mas pelo que o vídeo abaixo demonstra, eles já vinham sendo testados desde pelo menos abril – um mês antes dos recentes episódios de combate vivenciados pelos dois países.

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A muralha que se impõe na Faixa de Gaza conta com diversos recursos tecnológicos: a cerca inteligente conta com sensores de aproximação que denunciam a chegada de pessoas do outro lado com boa antecipação, ao passo que drones, veículos blindados e torres de vigilância armadas com metralhadoras automatizadas de calibre .50 (cuja munição é capaz de atravessar carros normais como se feitos de papel) – além, claro, de soldados humanos – complementam os turnos de guarda da região.

Oficialmente, o intuito da muralha é impedir que o partido militarizado Hamas, que governa a região palestina, execute ataques suicidas, bombardeios ou outras ações na área. Sem nenhuma surpresa, esse “paredão” conta com o apoio da população israelense. Além da muralha de mais de 64 quilômetros (km), há um bloqueio naval e uma segunda cerca – de mais de 14 km – no acesso a Israel pelo Egito.

Os novos robôs estão substituindo soldados de patrulhamento do exército de Israel, a fim de evitar que ataques causem danos a seres humanos e, na eventualidade de um deles ser capturado, componentes sensíveis permitem seu desligamento remoto.

Atualmente, a Palestina lida com extremas dificuldades socioeconômicas e uma taxa de desemprego acima de 70%. Isso faz com que muitos de seus cidadãos cruzem a Faixa de Gaza em direção a Israel, em busca de emprego e melhorias de condição de vida. Poucos, porém, conseguem o feito, já que permissões especiais são necessárias e a maior parte da população recebe ordens de voltar de onde vieram. Isso quando, diante de episódios de conflito armado como os ocorridos em maio deste ano, os pontos de checagem não se fecham de vez.

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