A pandemia impactou vários segmentos da sociedade e é possível validar essas transformações no setor da saúde e medicina, um dos mais afetados. Por exemplo, a lei que regulariza a telemedicina foi sancionada em abril de 2020 e com isso, possibilitou o atendimento médico por meio das consultas virtuais.

Portanto, os dispositivos móveis se tornaram ainda mais relevantes para estabelecer ligações entre os serviços e a população, oferecendo mais proximidade entre médico e paciente. Sem contar que os smartphones representam uma das ferramentas que mais auxiliam a prática telemedicina, já que 58% dos brasileiros acessam a internet exclusivamente pelo celular, de acordo com pesquisa da TIC Domicílios. 

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A tecnologia móvel proporciona aos médicos acesso às informações de saúde dos pacientes para realizar o acompanhamento em tempo real dos sinais vitais e dos resultados laboratoriais. Com relação às operadoras de saúde, existem hoje aplicativos integrados aos sistemas de gestão que possibilitam que as instituições de saúde ampliem a integração com os pacientes, proporcionando uma experiência melhor.

Sendo assim, as tecnologias permitem consultar toda a rede credenciada, realizar check-in, agendamento de consultas e exames, telemedicina e até mesmo alertas para o médico, oferecendo aos pacientes mais comodidade e proximidade com as operadoras de saúde.

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Do lado do paciente, por meio dos dispositivos móveis, ele ganha agilidade no tratamento e na troca de comunicação com o médico. Além disso, o mobile permite acesso a vários aplicativos de saúde, não necessariamente medicamentosos. Para pacientes com diabetes, por exemplo, aplicativos de controle de glicemia facilitaram a rotina.

“A facilidade na comunicação entre pacientes, médicos, prestadores e operadoras é o grande benefício gerado pela utilização de aplicativos, resultando em benefícios para todos os envolvidos e etapas do sistema de saúde”, contou Daniel Camillo Rocha, Diretor Executivo de Saúde da Digisystem.

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Segurança de dados

Mas, com tantos aplicativos de saúde disponíveis no mercado, como fica a questão da segurança de dados? Para garantir que o aplicativo é de fato seguro, é necessário verificar se o mesmo segue as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e se todos os dados armazenados estão criptografados.

“No processo de transformação digital é essencial a utilização das melhores práticas e ferramentas da segurança da informação e na construção de nossos produtos aplicamos os principais conceitos praticados no mercado como criptografia, autenticação, whitList e outros”, esclareceu Rocha.

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Vale ressaltar que a área da saúde reúne muitos dados sensíveis, uma vez que, a partir do momento em que o paciente envia o resultado de um exame ao médico, torna-se um dado sensível. Neste sentido, as organizações de saúde devem investir em provedores tecnológicos que realmente se comprometam com o desenvolvimento de soluções inovadoras para proteger seus sistemas.

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Desafios do mercado

Apesar dos avanços no desenvolvimento de tecnologias e aplicativos de saúde, ainda existem entraves que impedem que esses serviços alcancem toda a população. Segundo Rocha, a dificuldade em ter uma conexão de qualidade é uma realidade principalmente para as pessoas de baixa renda.

Por isso, o primeiro desafio é a disponibilidade tecnológica, uma vez que algumas regiões do Brasil ainda enfrentam problemas com conectividade e baixa qualidade na conexão. “Para atingir esse grupo conseguimos disponibilizar funcionalidades que consigam trabalhar de forma off-line, assim quando o paciente estiver em uma unidade de saúde ele irá conseguir realizar a sincronização das informações”, pontuou.

Outro ponto crítico é o investimento por parte das instituições de saúde, que devem apostar na interoperabilidade com o objetivo de realizar toda a integração de dados entre médicos, laboratórios e as plataformas.

Os serviços de saúde via dispositivos móveis tendem a conquistar o mercado, uma vez que proporcionam mais agilidade e qualidade no atendimento hospitalar, especialmente em tempos de pandemia e distanciamento social. Por outro lado, não se exclui a necessidade de investir em um atendimento humanizado, atentar-se à LGPD e realizar investimentos para aprimorar e expandir cada vez mais esse serviço na área da saúde.

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