A primeira parte da trilogia ‘Rua do Medo’ estreia na Netflix nesta sexta-feira (2). Baseada na série de livros de R.L. Stine, a nova sequência de filmes quer assustar uma nova geração, 30 anos após os sustos gerados pelos best-sellers. Logo antes da estreia, a diretora Leigh Janiak falou sobre como se apaixonou pela história.

Em entrevista ao site oficial da Netflix, Janiak contou que cresceu lendo os livros de ‘Rua do Medo’. “Havia sangue, havia sexo, havia todas as coisas que pareciam legais. Eu era um adolescente nos anos 90, então quando Peter Chernin e Kori Adelson, um executivo de Chernin, me abordaram pela primeira vez sobre fazer parte desses filmes, parecia que atingia o ponto ideal da minha adolescência”, contou.

Rua do Medo: 1994 – Parte 1 - Imagens da galeria
Maya Hawke como Heather em ‘Rua do Medo’. Imagem: Netflix/Divulgação

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Para a diretora, o principal desafio é envolver o público de modo que os espectadores queiram ver o próximo filme imediatamente. Algo comum em séries de TV. Por isso, ela relembra que em sequências tradicionais de filmes há um intervalo de um ou dois anos entre os lançamentos, deixando os fãs ansiosos.

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“Rompemos a ideia quando começamos a pensar no projeto como um híbrido entre filme e TV”, explicou Leigh Janiak. Colocar em prática exigiu examinar bem a história dos livros, que são focados na ideia de uma repetição infinita, com histórias na cidade de Shadyside, cada uma concentrada em um morador diferente da Rua do Medo.

Porém, os filmes não são adaptações diretas das histórias individuais. Ela garante, contudo, que o espírito dos livros está incorporado na trilogia. “Mas criamos a ideia de Sunnyvale existindo próximo a Shadyside e a história por trás dessas duas cidades. A família Fier e a família Goode são nomes dos livros, mas criamos a mitologia nos filmes”, explicou.

Outra ideia da diretora foi tornar protagonistas aqueles que geralmente não são os principais personagens em filmes de terror. “Até muito recentemente, os brancos heterossexuais eram os únicos personagens que viveram no final. Portanto, era importante para mim e para meus escritores que ‘Rua do Medo’ fosse protagonizado por pessoas que a sociedade, mais uma vez, tradicionalmente chama de ‘outro'”, emendou.

Assim, personagens LGBT ganharam protagonismo. “Queríamos contar uma história de amor e que fosse verdadeira na experiência de ser LGBT nos anos 90. Queríamos fazer com que o relacionamento deles parecesse autêntico de como uma experiência gay pode ter sido fora das lentes modernas”, completou.

Por fim, Leigh Janiak explicou o uso dos mesmos atores em papéis diferentes. Ela destacou a vontade de colocar as mesmas pessoas em tempos diferentes, como ideias de reencarnação e ligação com os ancestrais, além do passado repetido dos filmes.

Rua do Medo: 1994 – Parte 1
‘Rua do Medo: 1994 – Parte 1’ imita um slasher adolescente dos anos 1990. Imagem: Netflix/Divulgação

“Eu apenas pensei que seria divertido. E eu pensei que também seria satisfatório poder revisitar personagens que matamos nos dois primeiros filmes e vê-los novamente”, concluiu a diretora de ‘Rua do Medo’.

Depois do primeiro filme que estreia nesta quinta, o restante da trilogia ‘Rua do Medo’ estreia cada um com intervalo de uma semana. Os três longas contam mais de 300 anos de histórias, com a primeira parte se passando em 1994, com um grupo de adolescentes descobrindo eventos assustadores que assombram a cidade há gerações e podem estar conectados.

A parte dois de ‘Rua do Medo se passa em 1978. A conclusão da sequência de filmes da Netflix, na parte três, acontece em 1666.

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