Para prevenir fraudes de identificação digital, a startup Combate à Fraude lançou uma certificação online para profissionais da TI.

O intuito é auxiliar empresas a mitigar o risco de falsificação de identidade em transações virtuais, cumprindo com as exigências regulatórias específicas e estar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Com a especialização, os profissionais aprenderão a identificar e reduzir as irregularidades em aprovações de cadastros online e aberturas de contas digitais em diversas instituições, como varejistas, bancos, fintechs, startups, corretoras de investimento e quaisquer outras que realizam transações financeiras pela internet ou que recebam documentos virtualmente.

Imagem mostra uma mão segurando um smartphone, ao fundo, tem-se uma camada virtual de códigos de scripts.
Com a pandemia, mais empresas se tornaram digitais e isso se tornou terreno fértil para fraudes de identidade. Crédito: Shutterstock

“Cada vez mais as organizações estão buscando mão de obra qualificada em combate à fraude, seja para evitar perdas financeiras ou mesmo para estarem preparadas para a vigência da LGPD. Portanto, o mercado de trabalho para esses profissionais, com certeza, vai aquecer ainda mais”, acredita Leonardo Rebitte, CEO da startup Combate à Fraude.

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O conteúdo das aulas é gravado e pode ser acessado a qualquer momento pelos interessados, que farão uma prova para obter a certificação final.

As inscrições para a primeira turma começam nesta quinta-feira, 1º de julho, e podem ser feitas pelo link: www.combateafraude.com/caf-academy.

A certificação engloba conteúdos sobre diversos tipos de fraudes virtuais e como elas ocorrem, bem como formas de prevenção e melhores práticas no combate a fraudes de identidade.

Entre outros assuntos tradados estão: como as empresas devem lidar com a coleta, o manuseio e o armazenamento dos dados de clientes para estar em conformidade com a LGPD; e novas tecnologias de verificação e validação de dados para evitar suspeitas de fraude..

Terreno Fértil

A pandemia acelerou a transformação digital de diversas empresas e, com isso, grande parte da vida do cidadão comum também foi transferida para o online.

Ao passo que a facilidade tomou conta do dia a dia, o aumento de fraudes relacionadas à identificação digital registrou crescimento na mesma toada.

Veja também!

Uma pesquisa da Serasa Experian aponta que, a cada 16 segundos, alguém sofre uma tentativa de fraude no país.

No último trimestre de 2020, o Brasil consta no ranking dos cinco países mais afetados por fraudes digitais no mundo, segundo a empresa norte-americana especializada em segurança da informação Arkose Labs, que também aponta para um aumento de 32% no volume de ataques cibernéticos no período.

Durante 2020, adulteração de fotos do portador original foi a principal forma de fraude digital cometida por criminosos, de acordo com pesquisa realizada pela startup Combate à Fraude, especializada no assunto.

Além disso, impressão de documentos falsos, como RG e CNH, com dados autênticos (o CPF bate com o nome, data de nascimento e o nome dos pais), aparece em segundo lugar, seguida por adulteração de dados nos documentos de identificação.