As altas temperaturas no continente europeu seguem a onda de calor recorde que causou devastação na América do Norte. Apenas no estado do Oregon, segundo o The Guardian, a intensa onda de calor já matou 95 pessoas.

A tendência continua nos países nórdicos. Várias partes da Suécia registraram altas temperaturas no último fim de semana, com máximas de 34 °C. Já na Finlândia, um novo recorde foi registrado no último domingo (4).

A temperatura na região de Keno, extremo norte do país, atingiu os 33,6 °C, o que segundo os especialistas corresponde ao dia mais quente desde 1914.

Homem com calor na frente de um ventilador
O instituto meteorológico da Noruega registrou 34 °C em um condado próximo ao Círculo Polar. Essa é a temperatura mais alta medida no país este ano. Imagem: Monika Wisniewska/Shutterstock

Michael Reeder, professor de meteorologia da Universidade de Monash na Austrália, afirma que existe uma ligação entre os eventos registrados na Europa e na América do Norte.

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Reeder disse que tudo começou com uma baixa tropical perto do Japão, que perturbou a atmosfera criando ondulações (fato conhecido como ‘onda de Rossby’). Essa onda “quebrou” no oeste do Canadá, desencadeando as condições perfeitas para a onda de calor se formar.

“É como tocar uma corda de violão. O distúrbio se propagou pelas correntes de vento”, disse Reeder. Em seguida, o fenômeno desencadeou outra onda sobre o Atlântico Norte, que por sua vez, produziu as condições para as altas temperaturas vistas nos países nórdicos.

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Especialistas temem que as condições devem piorar nos próximos meses. Enquanto isso, o Canadá segue lutando contra uma série de incêndios florestais após sofrer com temperaturas de até 49,6 °C, um novo recorde nacional.

Várias partes do mundo também registraram ondas de calor este ano. No hemisfério sul, o mês de junho (um mês de inverno) também foi o mais quente já registrado na Nova Zelândia.

Fonte: The Guardian

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