O primeiro voo orbital feito pela startup espacial Astra deve acontecer até setembro deste ano, mas a empresa já pensa além: recentemente ela anunciou planos para fazer 300 lançamentos por ano até 2025.
É uma meta ambiciosa, já que foi apenas em dezembro de 2020 que a Astra conseguiu chegar ao espaço, embora não tenha atingido a órbita da Terra: o foguete Rocket 3.2 acabou ficando sem combustível pouco antes de desenvolver a velocidade necessária para isso.
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A empresa vem realizando ajustes em uma nova iteração do foguete, chamada Rocket 3.3, que levará ao espaço um satélite de natureza ainda não divulgada. E se tudo der certo, ele vai iniciar um longo projeto de escalabilidade e volume nas atividades da empresa.
“A partir do próximo outono vamos começar essa cadência mensal, aumentando esse ritmo conforme ampliamos nosso volume para lançamentos orbitais semanais a partir do ano que vem”, disse o CEO da Astra, Chris Kemp.
“A partir daí, vamos começar um ritmo semanal”, ele continuou, “e mirar em entregas espaciais diárias – ou aproximadamente 300 lançamentos – em 2025”.
O objetivo da Astra é bem ousado, mas não é como se fosse apenas um sonho distante: a empresa vem se apresentando como uma opção economicamente viável para companhias que contratam serviços espaciais, como posicionamento de satélites ou envio/recebimento de insumos de pesquisa.
Seu principal diferencial reside na criação de foguetes de pequeno porte, fáceis de serem produzidos em massa e exclusivamente usados para o transporte de pequenas cargas.
Seus veículos, inclusive, são tão pequenos que, uma vez desmontados, podem ser transportadas em um contêiner comum – algo que grndes empresas do setor, como SpaceX e Blue Origin, não conseguem fazer.
Isso, aliado a projetos atuais que prometem ampliar o limite de carga carregada dos foguetes e as melhorias de um motor com estreia planejada para 2022, permitirão à Astra competir com outras empresas por muito mais contratos. Empresas como OneWeb e Amazon, por exemplo, normalmente contratam serviços do tipo para posicionar satélites de acesso à internet.
“Conforme vamos construindo as próximas versões do nosso foguete, nosso alvo é atingir 500 quilogramas [kg] de carga, para podermos atender a todo o mercado de megaconstelações”, disse Kemp.
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