O relatório de transparência do Twitter publicado nesta quarta-feira (14) referente ao segundo semestre de 2020 revelou que pedidos de remoção de conteúdo contra contas de jornalistas e veículos de comunicação cresceram 26% quando comparado ao semestre anterior do mesmo ano.

O documento, que detalha desde solicitações governamentais até ações próprias da rede social contra contas que violam suas regras, foi publicado no blog da empresa e indicou ainda que quase 200 contas verificadas do segmento da comunicação enfrentam 361 demandas legais de governos e agências reguladoras.

Dentre os países que mais solicitaram remoção de conteúdos estão Japão, Índia, Rússia, Turquia e Coreia do Sul, sendo eles responsáveis por 94% do volume global total de demandas judiciais. Entre o aumento de demandas legais relacionadas à relatos de jornalistas e agências de notícias com solicitações de remoção ao Twitter, o Brasil ficou em primeiro lugar, seguido por México, Tailândia, Irlanda, França, Colômbia e Venezuela. 

No total, o Twitter informou que recebeu 38.524 demandas judiciais para remover conteúdo postado por 131.933 contas entre julho e dezembro de 2020. Em resposta, a empresa removeu 29% dessas demandas. 

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A respeito das solicitações governamentais e de órgãos de aplicação da lei, a empresa relatou que atendeu total ou parcialmente a 4.367 solicitações, ou seja, 30% do total de pedidos no segundo semestre do ano passado.

Novas métricas

O Twitter informou também que adicionou uma nova métrica ao seu relatório de transparência que agora permite capturar “o número de visualizações que um Tweet violador recebeu antes da remoção”.

“Nosso objetivo é melhorar esses números ao longo do tempo, tomando medidas coercitivas sobre o conteúdo violento antes mesmo de ele ser visualizado”, disse a empresa, que removeu 3,8 milhões de tweets durante o segundo semestre de 2020 que violavam as diretrizes da rede social.

Twitter: pedidos de remoção de conteúdo de jornalistas e veículos de comunicação cresce 26%. Imagem: Twitter
Twitter: pedidos de remoção de conteúdo de jornalistas e veículos de comunicação cresce 26%. Imagem: Twitter

O intuito da empresa é aumentar ainda mais a fiscalização usando tecnologia de aprendizado de máquina, sem depender totalmente de denúncias feitas pelos usuários. A chegada da pandemia pela Covid-19 impulsionou ainda mais a necessidade de fiscalização na rede social.

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“Desde a introdução de nossa orientação COVID-19 no ano passado, até o momento desta publicação, contestamos 11,7 milhões de contas, suspendemos 1.496 contas e removemos mais de 43.010 peças de conteúdo em todo o mundo”, diz a empresa em um trecho do relatório.

Com a inserção das novas métricas e empenho na fiscalização, o Twitter teve um aumento em encontrar e suspender contas e tweets contendo abuso e assédio sexual (142%); exploração sexual infantil (6%); nudez não consensual (192%); conduta odiosa (77%) e; divulgação de suicídio e automutilação (192%).

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