Tirar fotos já virou rotina na vida de diversas pessoas, seja de um momento especial, de um documento que precisa guardar, de um endereço que não pode esquecer, as pessoas utilizam a praticidade da câmera do celular para que essas coisas sejam registradas e estejam disponíveis a todo momento.

No entanto, com tantas fotos, guardá-las na memória interna do celular ou computador é praticamente impossível. Por isso o armazenamento em nuvem se tornou um grande aliado. No entanto, é possível afirmar que o a nuvem é completamente segura?

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Homem mexendo em um notebook
Dá para criptografar fotos na nuvem? Pesquisadores dizem que sim.
Imagem: NicoElNino/Shutterstock

O questionamento é muito válido, afinal, quantas vezes já não foram vazadas fotografias pessoais que estavam armazenadas nas galerias em nuvem de celebridades ou mesmo de pessoas do dia a dia – inclusive a Lei Carolina Dieckmann surgiu em decorrência de um episódio do tipo.

A divulgação dessas imagens é feita, em geral, por hackers que invadem contas pessoais de usuários de plataformas de armazenamento em nuvem, como o Google Fotos que é extremamente popular.

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Muitas vezes, as medidas de segurança convencionais, como senhas e autenticação de dois fatores, não são capazes de deter pessoas mal-intencionadas.

Inclusive foi isso que levou pesquisadores da Universidade da Columbia, nos Estados Unidos, a investir esforços na criação de uma ferramenta capaz de criptografar imagens que estão presentes em plataformas de armazenamento em nuvem.

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Criptografia na nuvem

O processo pode parecer simples, mas os cientistas da computação responsáveis pelo estudo apontam que os serviços de nuvem não são compatíveis com as técnicas de criptografia já existentes.

Os pesquisadores utilizam como exemplo o Google Fotos e afirmam que a plataforma compacta os arquivos enviados para reduzir seus tamanhos, o que corromperia as imagens criptografadas, tornando-as arquivos inutilizáveis.

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Outro problema apontado é a praticidade na navegação dos usuários. Espera-se que, ao procurar uma foto na galeria, seja possível visualizar as miniaturas, algo que com a criptografia atual seria impossível.

Google Fotos: Como editar imagens pelo app no celular
Google Fotos compacta os arquivos para diminuir seus tamanhos.
Imagem: Google/Reprodução

Para sanar este problema, os pesquisadores do departamento de engenharia de Columbia desenvolveram uma ferramenta com intuito de criptografar as fotos, impedindo que as próprias plataformas de armazenamento em nuvem e invasores consigam decifrá-las.

Denominada como Easy Secure Photos (ESP), a ferramenta permite a navegação por miniaturas das imagens e não exige que usuários abandonem seus serviços de armazenamento em nuvem e migrem para um novo.

O ESP emprega um algoritmo de criptografia de imagem que faz com que os arquivos possam ser compactados sem ser corrompidos. As fotos só podem ser visualizadas por usuários autorizados. A ferramenta é compatível com imagens em formato JPEG e PNG.

Levando em consideração a praticidade dos usuários, os cientistas fizeram com que o ESP seja compatível com mais de um dispositivo do mesmo usuário. Normalmente, uma criptografia comum é lida por meio de uma chave presente no dispositivo e, caso o usuário tenha outro aparelho, teria de transferir essa chave.

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Porém, os pesquisadores afirmam que as fotos podem ser acessadas tranquilamente em mais de um dispositivo. Basta que os usuários autorizem o uso com o aparelho original, como, por exemplo, ocorre com o WhatsApp Web, onde o celular principal autoriza o uso da conta em um navegador.

“O objetivo é fazer com que apenas seus dispositivos possam ver suas fotos confidenciais, e ninguém mais, a menos que você especificamente as compartilhe com eles”, afirmou o principal autor do estudo, John S. Koh, ao explicar que a nova ferramenta oferece uma camada extra de proteção além da segurança de conta, que é baseada em senha.

Conheça 3 serviços de criptografia para serviços de armazenamento em nuvem

Infelizmente, o Easy Secure Photos ainda faz parte apenas da pesquisa e não foi disponibilizado para o grande público. No entanto, há serviços que prometem a criptografia de fotos armazenadas na nuvem.

Os aplicativos atuais também são pagos, apesar de alguns deles disponibilizarem um período de testes. E, quem optar por utilizá-los, precisa abrir mão dos apps tradicionais, como o Google Fotos – ou alimentar ambos, optando, por exemplo, por deixar apenas as imagens e os dados mais críticos nas plataformas de criptografia.

Ditas essas ressalvas, e se isso não é for um problema para você, conheça algumas ferramentas:

  • pCloud – US$ 4,99 mensal para 500GB ou US$ 9,99/mês para 2TB
  • Sync.com – 5GB gratuitos, US$ 8/mês para 2TB ou 6TB por US$ 20 mensais
  • Tresorit – US$ 10,42 por mês para 500GB ou US$ 24/mensal para 2,5GB

Todas elas permitem aos usuários criarem pastas criptografadas no computador e compartilhem-nas com serviços de armazenamento em nuvem.

O Tresorit e pCloud, em específico, permitem ainda que sejam criadas pastas em um disco virtual separado, o que diminui o espaço utilizado no computador.

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