Livros antigos são fáceis de ler, músicas são fáceis de ouvir e até mesmo filmes e programas de televisão de anos passados são fáceis de assistir, desde que você possa encontrá-los. Os games clássicos, no entanto, são uma questão diferente, pois há o desafio de “colocar as mãos neles”, em primeiro lugar, visto que a mudança constante de tecnologia pode torná-los quase impossíveis de achá-los. Estaria a história dos videogames em risco?
A resposta divide opiniões, mas é algo que preocupa – e muito – o chefe da marca Xbox, Phil Spencer. “Eu realmente gostaria que, como indústria, nos uníssemos e ajudássemos a preservar a história do que é ‘jogar’, para que não percamos a capacidade de voltar”, disse ele durante entrevista ao podcast Kinda Funny.
“Eu penso sobre o que o Paley Center [Museu da Televisão e do Rádio em Nova York, nos Estados Unidos] fez pela TV. Paley logo viu que a indústria da TV estava se preparando para, literalmente, jogar fora as fitas cassete de programas antigos e disse: ‘Ei, eu quero arquivá-las, pois em algum momento alguém vai querer voltar e assistir ao show do Ed Sullivan’ ou algo assim. Essas coisas não devem ser jogadas fora”, afirmou Spencer.
O chefão do Xbox ainda clamou para que a indústria “deixe a rivalidade de lado” e se junte para proteger a história dos videogames. “Como [representante de] um setor, eu adoraria que nos uníssemos para ajudar a preservar o legado da nossa área, para que não percamos o acesso a algumas das coisas que nos levaram até onde estamos hoje”, comentou.
Videogames em nuvem pode ser a solução para preservar a história
Entusiastas de jogos retrô têm afeição por PCs antigos, “consoles obscuros” e, obviamente, cópias “reais” de jogos em caixas, repletas de manuais de instrução (e sentimentos). Para Spencer, isso não ajuda em nada a preservação de games e aponta que títulos em nuvem podem desempenhar um papel muito maior, visto que elimina a necessidade de investir em embalagens, hardwares ou até emuladores.
Ele ainda disserta que tanto os jogos antigos quanto os lançamentos mais recentes já se beneficiam de serviços on-line atualmente, como o Game Pass, não somente apenas para fins de preservação, mas como uma forma de traçar possíveis futuros para a indústria que, de outra forma.
“O Game Pass foi definitivamente um grande ponto de partida. Foi incrível quando a Bethesda entrou e pudemos colocar tantos ‘novos velhos’ ou ‘velhos novos’ jogos (…) e reapresente o legado de algumas IPs”, concluiu Spencer, acrescentando ainda que a Microsoft continuará “a fazer coisas assim”, pois o modelo de negócios do serviço “é viável”.
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Fonte: PC Gamer
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