Em algumas regiões, a floresta amazônica já emite mais dióxido de carbono na atmosfera do que é capaz de absorver. De acordo com especialistas, isso pode significar que estamos nos aproximando do chamado “ponto de não retorno”, um momento de virada de chave, onde a maior floresta tropical do planeta deixa de ser um atenuador e passa a ser um agente causador de mudanças climáticas.

De acordo com um novo estudo, publicado na prestigiada revista científica Nature, a mudança nos padrões climáticos está reduzindo a capacidade da floresta amazônica de absorver carbono. Segundo os pesquisadores, é esperado que esses padrões se amplifiquem e se tornem cada vez mais comuns conforme os efeitos das mudanças climáticas vão se intensificando.

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Ilustração do Brasil em chamas
Desmatamento e incêndios provocados pelo homem são alguns dos agentes causadores dessa situação. Créditos: Shutterstock

A tendência é que, com a liberação de ainda mais dióxido de carbono no futuro, seja iniciado um ciclo vicioso, que pode significar ainda mais problemas para o meio ambiente global. Para chegar a esses resultados, os pesquisadores examinaram medições de satélite feitas entre 2010 e 2018 sobre a região da Amazônia.

Os pesquisadores defendem que o desmatamento crescente, a queima de madeira e os incêndios para construção de pasto tendem a só piorar a situação. No artigo, a equipe internacional de pesquisadores declarou que o sudeste da Amazônia já atua como uma fonte de emissões de carbono para a atmosfera.

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Ainda há esperança

Árvores recém-plantadas
Reflorestamento pode ser um meio para reverter o cenário vivido na Amazônia. Crédito: Angela Peres/Secom

Porém, alguns especialistas argumentam que ainda pode não ser tarde demais para reverter essa situação. De acordo com Thomas Lovejoy, pesquisador da Universidade George Mason, no estado americano da Virgínia, que não esteve envolvido na pesquisa, nossa capacidade de reconstruir uma margem de segurança através do reflorestamento é muito real.

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Segundo ele, a floresta não deve voltar a ser o que era. Contudo, a situação pode melhorar bastante. Porém, para isso, é necessário acabar com o desmatamento imediatamente, algo que está longe de acontecer, já que as taxas de desmatamento têm subido ano após ano, cenário que se agravou durante a pandemia da Covid-19.

Com informações do Futurism

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