Gaya Herrington, que publicou uma pesquisa no Yale Journal of Industrial Ecology afirmando que o colapso da civilização acontecerá em 2040 caso a extração de recursos e a superexploração da Terra continue nos níveis atuais, assim como previsto em um estudo de cientistas do Massachusetts Institute of Technology realizado em 1972, disse em entrevista ao jornal britânico The Guardian que nada é inevitável.

“Somos totalmente capazes de fazer grandes mudanças e vimos isso na pandemia, mas temos que agir agora se quisermos evitar custos muito maiores do que estamos vendo”, alertou a autora do estudo que é diretora e responsável pela análise de sistemas dinâmicos e sustentabilidade da KPMG.

“Os cientistas do MIT disseram que precisávamos agir imediatamente para conseguir uma transição suave e evitar custos. Isso não aconteceu, então estamos vendo o impacto da mudança climática“, lamentou Herrington.

Em entrevista ao Motherboard, a pesquisadora ressaltou que o colapso da civilização “não significa que a humanidade deixará de existir”, mas sim que “o crescimento econômico e industrial irá parar e, em seguida, declinar, o que afetará a produção de alimentos e os padrões de vida”.

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Ao The Guardian, Herrington destacou que a principal descoberta do estudo “é que ainda temos a opção de nos alinhar a um cenário que não termina em colapso”: “Com a inovação nos negócios, junto com novos desenvolvimentos por parte de governos e da sociedade civil, continuar a atualizar o modelo oferece outra perspectiva sobre os desafios e oportunidades que temos para criar um mundo mais sustentável”.

“A escassez de recursos não foi o desafio que as pessoas pensaram que seria nos anos 70 e o crescimento populacional não foi o susto que era nos anos 90. Agora a preocupação é a poluição e como ela se alinha perfeitamente com o que os cientistas do clima estão dizendo”, completou.

Por fim, a pesquisadora salientou que a sustentabilidade é a resposta: “Existe uma forma sustentável de criar valor e prosperidade que também tem um imenso potencial econômico. Fazer o bem ainda pode gerar lucro. Na verdade, estamos vendo exemplos disso acontecendo agora. Expandir esses esforços agora cria um mundo cheio de oportunidades que também é sustentável”.

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