De acordo com a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda (26) que é “muito provável” que a pasta anuncie a redução do intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina da Pfizer no Brasil. Assim, em vez de três meses até a segunda aplicação, o reforço deverá ocorrer no intervalo de 21 dias.

Ministro da saúde, Marcelo Queiroga, acredita que imunizante da Pfizer deve ter intervalo reduzido entre as doses. Imagem: Jorge hely veiga – Shutterstock

Na verdade, esse é realmente o tempo previsto na bula do imunizante da Pfizer, mas o Ministério da Saúde havia decidido, no passado, ampliá-lo para três meses, sob a alegação de que conseguiria imunizar mais rápido um maior número de pessoas com a primeira dose.

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“Naquele momento, não tínhamos certeza da quantidade de doses de Pfizer que receberíamos neste ano e optamos por ampliar o número de vacinados com a primeira dose”, disse o ministro. “Mas, agora, temos segurança nas entregas e dependemos apenas da finalização do estudo da logística de distribuição interna dos imunizantes para bater o martelo sobre a redução do intervalo da Pfizer para 21 dias”, concluiu, afirmando que as simulações de logística já estão sendo finalizadas.

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Técnicos e coordenadores do PNI devem decidir sobre ampliação de intervalo entre as doses da vacina da Pfizer

Queiroga ressalta que a palavra final será dos técnicos e dos coordenadores do Programa Nacional de Vacinação (PNI), que já estariam em debate avançado sobre a possibilidade.

O ministro afirmou que “a Pfizer é muito pontual na entrega das vacinas e, até dezembro, vai cumprir o contrato e disponibilizar mais 100 milhões de doses ao Brasil”.

Em relação à vacina de Oxford-AstraZeneca, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), não existe previsão de alteração no intervalo entre as aplicações, devendo seguir com o espaçamento de três meses, que é o previsto pela farmacêutica como ideal para o produto.

Segundo Queiroga, “ainda faltam estudos para comprovar que a redução desse intervalo poderia ser feita”.

Antecipação da segunda dose pode ajudar a combater variante Delta no Brasil

De acordo com a publicação, a antecipação da segunda dose pode ajudar a frear a epidemia no país, já que garante uma imunização mais efetiva contra o novo coronavírus. Pode ser importante, também, no combate à variante Delta, considerada mais contagiosa do que as outras que já circulam no país.

Identificada originalmente na Índia, a Delta já está se tornando predominante em vários países do mundo, mas ainda há dúvida se isso pode ocorrer por aqui, onde a variante Gama circula com maior intensidade.

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