Boa notícia para o bolso dos gamers e entusiastas: a Twitch divulgou os novos preços para subs (inscrições) no Brasil, e os valores já entram em vigor nesta terça-feira (27). A ação faz parte de uma iniciativa global, que tem como objetivo ficar mais barata em diversas regiões onde a plataforma é popular.

Agora, a inscrição regular passa a custar R$ 7,90, valor 65% mais baixo que o original (R$ 22,99). Juntamente da redução, o serviço também anunciou um programa de proteção à renda dos streamers, garantindo que a receita não diminua nos primeiros meses após a mudança.

Sem revelar preços, a plataforma já havia anunciado a nova precificação em maio, porém houve certa demora para que os novos preços chegassem e de acordo o vice-presidente de monetização, Mike Minton, o motivo foi por conta da falta da tecnologia. “Não tínhamos a sofisticação ou a habilidade de fazer múltiplos preços ao redor do mundo. A Twitch era uma startup, crescemos rápido, e a próxima coisa que vimos é que éramos um serviço gigante, alimentando espectadores e comunidades no mundo todo”, afirmou em entrevista ao ge.

Logo da Twitch
Twitch reduz preço de subs em 66% no Brasil. Imagem: Shutterstock

Ele ainda apontou que o novo preço foi determinado em parceria com criadores de conteúdo e após bastante pesquisa. “Tínhamos nossos próprios dados, porque sabíamos qual seria a taxa de conversão baseado em promoções, preços, e coisas que já fizemos e poderíamos prever qual o preço certo poderia ser. E também pegamos dados externos, há muitas agências e dados disponíveis publicamente (..) E, provavelmente, o método mais útil, foi perguntar para streamers”, prosseguiu Minton, que revelou ter ouvido comparações como um copo de café ou o preço de um Big Mac para ajudar a entender a realidade financeira do Brasil.

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O vice-presidente reiterou na entrevista que em países que já tiveram a redução no preço da sub da Twitch, a tendência foi que streamers ganhassem mais dinheiro. A ideia é proteger 100% da renda dos astros do canal nos meses iniciais após a mudança, e ir reduzindo a porcentagem ao longo dos meses. Vale ressaltar que, para estar elegível à proteção, é necessário realizar ao menos 85% de streams em relação à “linha de base” – termo usado pela plataforma para a média de horas de transmissão

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“Gastamos muito tempo pensando como lidar com esse receio, porque é difícil prever quando o aumento em pagadores vai bater a queda no preço, então construímos o programa para certificar que os streamers não iam ter essa queda no faturamento imediatamente depois que fizemos a mudança de preços, e para dar para eles alguns meses, até um ano, para que os pagadores aumentem”, explicou.

Minton ainda comenta que não espera uma grande redução de inscritos utilizando o Prime Gaming, da Amazon – recurso que caiu no gosto dos brasileiros pelo preço reduzido. “As pessoas acabam fazendo as duas coisas. Eles tem uma inscrição Prime em um canal, e tem uma outra inscrição, que eles pagam, [em outro canal]. O que acontece é que os streamers se beneficiam, porque as pessoas são capazes de apoiar mais de um canal”, diz ao ge.

Amazon Prime Gaming: lista dos jogos grátis em junho de 2021. Imagem: Divulgação
Plataforma da Amazon, Prime Gaming é alternativa bastante utilizada para subs da Twitch no Brasil. Imagem: Divulgação

Questionado se o preço dos subs pode voltar ao patamar anterior, o vice-presidente esclarece que não é a intenção, todavia garante que a Twitch não terá medo em voltar atrás caso a decisão se prove errada. “Nosso interesse está alinhado aos streamers, e o que queremos é maximizar o lucro deles. Se por algum motivo olharmos daqui um ano e ver que isso não está onde deveria, baseado em comparações com outros países, não teríamos medo de fazer uma segunda mudança de preços se necessário”, finalizou.

Fonte: ge

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