Ótima notícia para quem tem medo de injeção (quase todo mundo, não é?): O laboratório britânico AstraZeneca tem obtido sucesso nos testes com uma versão spray da vacina contra a Covid-19. A pesquisa está sendo realizada no Reino Unido e nos Estados Unidos.

Mas calma! O caminho para escapar da picada ainda é longo. Por enquanto os testes só foram realizados com animais, como hamsters e macacos. Mas os pesquisadores já constataram que aplicar a vacina nasal ajudou a reduzir a carga viral no grupo de controle, fazendo com que o vírus se espalhasse menos. 

Efeitos da Covid-19 em hamsters são parecidos com o que ocorre com os humanos. Crédito: Wirestock/Freepik

Estudos recentes comprovaram que a transmissão do vírus é possível mesmo a partir de pessoas que já foram vacinadas, o que reforça a importância do uso de máscaras e da manutenção do distanciamento social. A aplicação nasal está sendo considerada com uma opção a mais para evitar que o vírus continue se espalhando. 

Em outra pesquisa recente, cientistas da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, concluíram que a aplicação intranasal das vacinas faz mais sentido para combater a doença, já que o caminho da infecção da COVID-19 passa pelo nariz, garganta e pulmões. Mas o uso do imunizante spray só deve garantir uma proteção por menos tempo do que a aplicada de forma intramuscular.

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Os pesquisadores apontam que a melhor opção para se proteger do vírus seria combinar a aplicação no braço com a do nariz, para garantir maior amplitude de proteção. 

No começo deste ano, o diretor do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Jorge Kalil Filho, revelou que já estava com estudos adiantados para produzir uma versão 100% nacional de um imunizante contra a Covid-19. Mas ainda não foi divulgada uma data para o início dos testes.

Fonte: Medical Xpress, Jornal da USP

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