Durante a pandemia da Covid-19, o TikTok ganhou força e se popularizou por todo o mundo, se tornando uma aplicativo de sucesso entre os criadores de conteúdo e internauta. Por outro lado, da mesma forma como as outras redes sociais são fonte de desinformação, a plataforma chinesa está sendo utilizada para disseminar fake news sobre a doença e seus imunizantes.

Os usuário se aproveitam de recursos como o Sounds, que possibilita utilizar áudios de outros perfis, para gravar os vídeos com informações falsas. Inclusive, um desses áudios aponta que as vacinas contra a Covid-19 são inseguras devido o rápido processo de desenvolvimento, sendo replicado em mais de 4.500 vídeos, segundo o Instituto para Diálogo Estratégico, sediado em Londres.

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Além disso, o Instituto descobriu que 124 vídeos que tiveram mais de 20 milhões de visualizações utilizaram áudios de 4 vídeos originais publicados na plataforma, em que dois desses vídeos foram excluídos do TikTok por violar a política do aplicativo.

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Por conta da repercussão rápida de notícias falsas no app, o TikTok tomou providências para tentar evitar esse problema e frear o compartilhamento. Para esclarecer o assunto, Clarissa Millford, co-fundadora da Academia de TikTokers, falou sobre isso em entrevista para ao Olhar Digital News.

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De acordo com Millford, é muito difícil impedir que as fake news sejam criadas, mas que há um esforço do TikTok para que seja evitado a propagação. Ela explica que existe três principais formas de combater isso: o algoritmo identifica imagens e áudios perigosos, um comitê que avalia os vídeos de conteúdo e ainda a própria comunidade do app pode denunciar postagens.

“O TikTok tem uma política de cortar o mal pela raiz, além do próprio banimento do conteúdo é banido permanente o criador de conteúdo daquele perfil. Até hoje, já foram 6 milhões de vídeos deletados no Brasil”, conta Clarissa Millford.

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Ela também enfatiza a importância das instituições em validar a informação certa, além da participação de pessoas públicas nesse movimento contra a desinformação. Ademais, de 100% dos vídeos banidos, 80% não tiveram nenhuma visualização”.

Para Clarissa, é importante as pessoas terem em mente que podem reportar conteúdos impróprios e dizer que a informação é falsa, por exemplo. “Isso possibilita que a própria comunidade se proteja”, conclui.

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