O magnata sul-coreano Lee Jae-yong (chamado no Ocidente de Jay Y. Lee), vice-presidente e herdeiro da Samsung, recebeu liberdade condicional e deve deixar a prisão nesta sexta-feira (13). É o que informou o Ministério da Justiça do país nesta segunda-feira (9).

Preso em janeiro após receber acusações de suborno e fraude, o executivo havia sido condenado a 30 meses de prisão. O apoio político e público à decisão, cresceu principalmente no meio empresarial, que teme que decisões estratégicas não estão sendo tomadas pela companhia.

Representação de herdeiro da Samsung
Foto ilustra a prisão do atual vice-presidente e neto do fundador da Samsung. Imagem: Sagase48/Shutterstock

As autoridades da Coreia do Sul emitiram uma nota que diz que a decisão foi resultado de uma “revisão abrangente de vários fatores”. Um deles foi o bom comportamento de Lee no período de detenção. 

Por ora, ele ainda precisa de uma autorização do Ministro da Justiça para retornar ao trabalho. Vale ressaltar um fato importante: a lei sul-coreana proíbe que pessoas com certas condenações trabalhem para as empresas locais pelo prazo de cinco anos.

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Contudo, especialistas jurídicos dizem que, considerando as circunstâncias dos crimes, o vice-presidente deve conseguir retornar ao cargo. A empresa, por sua vez, ainda não comentou sobre o assunto.

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Apesar da condenação, a Samsung apresentou números positivos no primeiro trimestre fiscal de 2021. Seu lucro líquido foi de US$ 5,4 bilhões, alta de 46% se comparado ao mesmo período do ano passado. O resultado veio em função do bom desempenho nas vendas da divisão de eletrônicos e celulares da companhia.

Ainda assim, o afastamento do executivo ocorreu em um momento que pode minimizar o crescimento da empresa. O primeiro impasse é: a Samsung, segundo os analistas de mercado, está perdendo a “corrida” dos chips de alta tecnologia para a rival taiwanesa TSMC.

Fonte: Estadão

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