Entre a primeira partida e os eventuais reabastecimentos, a SpaceX pode precisar de até oito lançamentos para levar a nave Starship até a Lua, segundo tuítes recentes do CEO Elon Musk. Inclusive, o empresário confirmou que a estimativa conservadora, na verdade, vai até o dobro disso, ou seja, 16 lançamentos.

A informação confirmada por Musk foi originalmente divulgada em alguns documentos divulgados pelo Escritório de Responsabilidade Governamental (GAO, na sigla em inglês), que informou os parâmetros como parte do julgamento onde o órgão determinou a validade e a manutenção do contrato da SpaceX com a Nasa – e dispensou o processo judicial movido pelas empresas Blue Origin e Dynetics.

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O processo é relativamente simples de entender, apesar de gerar certa confusão: primeiro, a SpaceX vai lançar uma versão customizada da Starship que, essencialmente, será uma unidade de armazenamento de combustível de propulsão. Depois disso, com essa Starship em espera na órbita, a proposta da empresa de Musk é realizar outros oito a 16 lançamentos de “naves-tanque” em um espaço de seis meses – cada uma se acoplando à primeira e preenchendo o seu volume de combustível.

Em terceiro lugar, assim que a primeira Starship ficar com o tanque cheio, o módulo lunar – objeto do contrato contestado pela Blue Origin e Dynetics – será lançado, acoplado à primeira nave e completamente abastecido por ela. Os motores Raptor desse módulo serão acionados e o levarão em direção à Lua.

Uma imagem mostrando o processo, originalmente publicada pela SpaceX no Twitter em 2016, foi retuitada, para melhor compreensão:

Entretanto, Musk disse que a possibilidade de 16 lançamentos é bastante remota, e só foi proposta pela SpaceX para fins de conservadorismo de combustível. Em outras palavras, é uma forma de se antecipar a piores cenários ou, como diz a expressão, “pecar pelo excesso”.

Essas informações estavam anteriormente omitidas, e só vieram à luz após o GAO declarar seu posicionamento em relação ao processo. Segundo especialistas, porém, a Blue Origin se posicionou de forma crítica à questão do volume de lançamentos: segundo Christian Davenport, jornalista que cobre empresas espaciais pelo Washington Post, a empresa de Jeff Bezos disse que o contrato de Musk com a Nasa vai “impedir o homem de voltar à Lua”.

Entretanto, o fato de a própria Nasa ter confirmado as informações técnicas da missão – que é parte do Projeto Artemis – mostra que a agência espacial está feliz com o que a SpaceX sugere.

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