Julho de 2021 foi o mês mais quente já visto na história desde que os registros de temperatura começaram há 142 anos. O calor foi particularmente forte em alguns locais, quebrando recordes de temperatura por todo o hemisfério norte.

Rick Spinrad, um dos administradores da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), disse que o fato, além de perturbador, mostra “o caminho que a mudança climática estabeleceu para o globo”.

Mudanças climáticas versus eventos meteorológicos extremos

Incêndio na Grécia promovido pelo avanço das mudanças climáticas
Fumaça se espalha durante um incêndio florestal na vila de Ippokratios Politia, Grécia. Uma nova onda de calor prolongada deixou as florestas secas e as chamas ameaçaram áreas povoadas e instalações elétricas. Imagem: AP Photo / Lefteris Pitarakis/Reprodução

Os cientistas têm evidências que ligam as mudanças climáticas com as condições meteorológicas mais extremas, especialmente no que diz respeito ao calor acima da média em algumas regiões do planeta.

O último relatório climático das Nações Unidas, afirma que queimar combustíveis fósseis, por exemplo, influencia diretamente no clima em todo o mundo. Quase todas as regiões também viram um aumento nos eventos de calor extremo desde a década de 1950, conclui o estudo.

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“A mudança climática é um problema que está aqui agora. Ninguém está seguro e está piorando mais rápido”, diz Inger Andersen, diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

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Esse calor excessivo pode causar danos especialmente nas regiões mais frias, já que a população e a infraestrutura local não tiveram que se adaptar a verões tão quentes. Foi o caso do sudoeste do Canadá, que sofreu com ondas de calor que destruíram estradas e mataram centenas de pessoas.

Enquanto isso, agosto, por sua vez, também está escaldante. Segundo o The Verge, outra onda de calor já está atingindo o noroeste do Pacífico. Já a Europa, pode ter observado o seu dia mais quente na última quarta-feira (11), quando a temperatura atingiu 48,8 graus Celsius na região da Sicília, na Itália.

Por fim, os especialistas reforçam que se as emissões de gases do efeito estufa continuarem crescendo, a expectativa é que veremos cada vez mais recordes de temperatura sendo quebrados.

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