Quase 2 milhões de registros de observação de terroristas, incluindo indicadores de lista de exclusão aérea do FBI, foram supostamente expostos online. A lista foi indexada em vários mecanismos de busca no dia 19 de julho, mas o Departamento de Segurança Interna dos EUA não a removeu até três semanas depois, conforme relatado pela primeira vez pelo Bleeping Computer nesta segunda-feira.

O pesquisador do Security Discovery Volodymyr Diachenko descobriu a lista de observação terrorista, que parece ser produto do Terrorist Screening Center, no mês passado. Os arquivos foram indexados por vários mecanismos de pesquisa em um formato de fácil leitura. 

Ademais, os registros incluíam informações como nomes completos, status de cidadania, data de nascimento, números de passaporte e indicadores de exclusão aérea. Segundo ele, nenhuma senha ou autenticação separada era necessária para acessar o sistema.

“Comuniquei imediatamente aos funcionários do Departamento de Segurança Interna, que reconheceram o incidente e me agradeceram por meu trabalho. O DHS não forneceu nenhum comentário oficial adicional, no entanto”, escreveu Diachenko.

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O servidor foi indexado por mecanismos de busca como Censys e ZoomEye em julho. Foi quando Diachenko descobriu os dados e os relatou ao Departamento de Segurança Interna. Porém, não está claro se algum usuário não autorizado acessou os dados.

O Terrorist Screening Center é um centro de várias agências liderado pelo FBI e responsável por gerenciar a lista de terroristas dos Estados Unidos. Além disso, produz uma lista de observação usada por agências de triagem como o DHS e a Autoridade de Segurança do Transporte (TSA) para identificar terroristas conhecidos ou suspeitos que tentam entrar no país. 

Não é novidade que algumas pessoas inocentes sejam colocadas na lista de exclusão aérea do FBI. Isso porque em 2008, a NBC relatou que uma companhia aérea dos EUA registrou 9 mil falsos positivos em um único dia. Alguns anos depois, em 2010, a American Civil Liberties Union entrou com uma ação judicial em nome de 10 cidadãos americanos ou residentes permanentes que foram falsamente adicionados à lista de exclusão aérea. 

Fonte: The Verge

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