Elon Musk deve estar bem feliz: a SpaceX recebeu, no último dia 30, um “cheque” correspondente à primeira parcela de seu contrato bilionário com a Nasa, no valor de US$ 300 mil (R$ 1,59 bilhão, aproximadamente). O pagamento é em referência ao desenvolvimento de um novo módulo lunar para pouso tripulado (HLS, Human Landing System) para o Projeto Artemis da agência espacial americana.

O Artemis, em sua essência, é o conjunto de missões que culminará com o retorno do homem à Lua — algo que não ocorre desde a missão Apollo 17, que tocou o solo lunar em dezembro de 1972. Tal projeto prevê, além do módulo de pouso, o envio de equipamentos preliminares para estudos e até o desenvolvimento de novos trajes espaciais, em um contrato avaliado em US$ 2,9 bilhões (R$ 15,33 bilhões).

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Imagem mostra a fachada frontal da SpaceX
Contrato da SpaceX com a Nasa gerou atrito com outras empresas, mas primeiro pagamento seguiu normalmente e as atividades devem continuar sem obstáculos. Imagem: L Galbraith/Shutterstock

Segundo um relatório recente do Escritório de Responsabilidade Governamental (GAO, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, a Nasa tinha algo em torno de US$ 345 mil (R$ 1,82 bilhão) disponíveis para uso ainda no atual ano fiscal. Isso significa que a agência americana pagou à SpaceX a maior parte do dinheiro que tinha para 2021.

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A situação parece estar seguindo em frente apesar de protestos levantados pela Dynetics e Blue Origin, esta última a empresa de Jeff Bezos, ex-CEO do grupo Amazon. Ambas chegaram a conseguir a suspensão temporária do contrato, alegando que a Nasa não obedeceu às regras de licitação, que regem a escolha de duas empresas para esse tipo de projeto. Apesar disso, o GAO declarou o processo “frívolo” e manteve a SpaceX como a única beneficiada do HLS.

O interessante é que, no início do processo de licitação, a SpaceX recebeu menos dinheiro que a Blue Origin: US$ 439,6 milhões (R$ 2,3 bilhões) versus US$ 479,7 milhões (R$ 2,53 bilhões). Em outras palavras, a empresa de Elon Musk montou um projeto mais eficiente, com menos dinheiro.

Vale lembrar que o Projeto Artemis não tem mais um calendário muito preciso, haja vista que auditorias recentes mostraram que a entrega dos trajes dos astronautas está atrasada — A data de “fim de 2024” para a Artemis 3, primeira missão tripulada, agora se tornou “inviável”.

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