A adoção das moedas digitais segue em alta desde 2020. Segundo a Chainalysis, uma empresa que fornece serviços de análise de dados para redes blockchain, alguns países (Índia, Paquistão e Vietnã) registraram um aumento de 881% no interesse por ativos digitais.

O chamado “Índice de Adoção Global Crypto”, classifica 154 países conforme o volume de negociação de câmbio ponto a ponto (P2P) em criptoativos — esse tipo de negociação, que já funciona no mundo todo, elimina o intermédio de uma instituição financeira nas transações. Basta um usuário sinalizar o endereço de uma carteira de criptomoedas e simplesmente enviar ou receber o valor desejado.

A pesquisa, no entanto, dispensa o volume de transação bruto, já que esse parâmetro pode acabar favorecendo os países desenvolvidos, geralmente com alto nível de adesão às criptomoedas.

Dos 20 países em destaque, a maioria são economias emergentes — incluindo nomes como Colômbia e Togo. Em contrapartida, os Estados Unidos, por exemplo, caíram do sexto para o oitavo lugar este ano. A China, que optou por reprimir a mineração desenfreada de criptomoedas no país, caiu do quarto para o décimo terceiro lugar.

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Brasil ficou em décimo quarto lugar no ranking de volume de negociação de câmbio P2P em criptoativos. Imagem: Chainalysis/Reprodução

A Chainalysis diz que um dos objetivos do índice é entender a adoção das moedas digitais por pessoas comuns, focando nos casos, por exemplo, de quem investe em criptoativos para criar sua própria poupança individual.

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O relatório também sugere que muitos residentes desses países recorrem à criptomoeda para preservar suas economias em face da desvalorização das suas respectivas moedas locais, bem como para enviar e receber remessas ou realizar transações comerciais.

Por fim, os analistas observam que medir a adoção de criptomoedas no nível popular não é nada fácil. Contudo, apesar de ainda não existir uma maneira precisa, o estudo da Chainalysis oferece um olhar diferenciado sobre o tema.

Bitcoin é o 3º investimento preferido dos brasileiros

Ilustração de montantes em bitcoin
O bitcoin têm mais força junto aos investidores que declaram possuir perfil de investimento agressivo. Imagem: kitti Suwanekkasit/Shutterstock

Um levantamento realizado pela FGV em parceria com a gestora de fundos de criptoativos Hashdex mostra que o bitcoin fica atrás apenas das ações (72,05% de incidência) e dos títulos privados de renda fixa (40,45%) no ranking de investimentos no Brasil.

De maneira geral, os criptoativos já fazem parte da rotina de 27,78% dos investidores brasileiros ouvidos pela pesquisa.

A modalidade, inclusive, já está à frente de ativos como o Tesouro Direto (18,92%), commodities (18,06%), moedas estrangeiras (13,19%) e poupança (1,74%).

Os dados, obtidos entre fevereiro e março, incluem investidores de criptoativos e pessoas que nunca investiram em ativos digitais.

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