Um debate na Câmara dos Deputados nesta sexta-feira (19) discutiu a responsabilidade das redes sociais, da imprensa e outros órgãos, no combate as fake news. A discussão sobre o tema foi intensificada por conta do grande número de notícias falsas que surgiram durante a pandemia da Covid-19. O objetivo da audiência virtual foi conseguir dados para 78 projetos de lei que tratam de liberdade, responsabilidade e transparência na internet.

O Orlando Silva (PCdoB), deputado e relator do projeto de lei e cobrou que as empresas apresentem suas propostas de combate às notícias falsas. Líder de integridade do Facebook e do Instagram, Mônica Guise, disse que a empresa está comprometida em combater da desinformação e que isso foi reforçado com a pandemia da Covid-19.

Fake news nas redes sociais

Segundo Guise, “o Facebook, que tem 2,7 bilhões de usuários, passou a contar com 80 verificadores de fatos para reforçar o filtro de notícias falsas. Só em relação à pandemia de Covid-19, 18 milhões de desinformações foram removidas da rede social, a partir da central de informações seguras, lançada em parceria com duas universidades dos Estados Unidos. Entre abril e junho, 1,7 bilhão de contas falsas foram detectadas e removidas antes de causarem danos”.

“Proteger a democracia da desinformação é uma responsabilidade compartilhada. Espero que os exemplos e números que trouxe aqui possam ilustrar que a ação rápida e transparente contra os abusos cometidos tanto no Facebook quanto no Instagram é uma das mais importantes contribuições que podemos dar à proteção da nossa democracia”, completou.

publicidade

Apesar das ações anunciadas, a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) disse que as medidas ainda são poucas diante do grande problema das fake news nas redes sociais. “O grande transmissor de desinformação são os grupos de mensagens. Então, o problema é muito mais amplo. Por isso, o mundo começou a discutir uma forma de resolver ou amenizar o problema da desinformação, reforçando a atividade jornalística, que inclui os fact checkers e todo o universo da produção de informação profissional com valores, ética, princípios e responsabilidade”, disse Marcelo Rech, presidente da entidade.

“Estou convencido de que, para combater a desinformação, devemos ter informação. Para desestimular a mentira, temos que estimular o senso crítico. Considero o papel do jornalismo fundamental. Ao refletirmos sobre desinformação, também temos que refletir sobre o papel que deve ter o jornalismo e a produção de notícias”, explicou Orlando Silva.

Leia mais:

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!