O negócio bilionário (US$ 40 bilhões) firmado entre a Nvidia e a ARM em setembro de 2020 acaba de esbarrar em uma nova “pedra” no caminho. O órgão britânico de Autoridade de Concorrência e Mercado concluiu que a fusão entre as gigantes da tecnologia pode prejudicar a concorrência.

O acordo também foi classificado como uma ameaça à inovação na indústria de tecnologia, já que poderia atrapalhar o avanço em segmentos importantes, como Internet das Coisas (IoT) e automotivo.

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“Estamos preocupados que o controle da Nvidia sobre a ARM poderia criar problemas reais às rivais da Nvidia ao limitar seu acesso a tecnologias importantes e, no fim das contas, sufocar a inovação em vários mercados importantes e em crescimento”, relatou Andrea Coscelli, chefe da Autoridade de Concorrência e Mercado.

A britânica Arm Holdings (ARM) foi vendida para a Nvidia, mas as negociações estão suspensas por investigações de órgãos regulatórios. Imagem: Ascannio/Shutterstock

Vale lembrar que a ARM é um dos principais nomes do mercado quando se trata de semicondutores, componente fundamental para o avanço de outras tecnologias igualmente relevantes, como a inteligência artificial e o 5G.

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O acordo também gerou fortes críticas de outras empresas do setor, já que a ARM costumava licenciar sua propriedade intelectual para outras fabricantes importantes, como a Qualcomm e a Samsung, por exemplo.

A grande questão em discussão é: será que a Nvidia continuará adotando essa prática, ou guardará as novidades e inovações da ARM para si mesma?

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Por ora, a Nvidia espera concluir o negócio com sucesso até março de 2022. Contudo, alguns analistas norte-americanos também reforçam que a aquisição também pode ser barrada nos EUA.

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O governo britânico, por sua vez, diz que dará uma resposta mais completa sobre o tema em cerca de seis meses, bloqueando ou permitindo que a fusão seja concluída desde que respeite certas condições.

Fonte: Exame

Qualcomm também mostra interesse na ARM

Caso a negociação seja realmente barrada, a norte-americana Qualcomm afirmou ter interesse na aquisição da empresa.

Cristiano Amon, que assumiu o posto de CEO da Qualcomm em junho, afirmou que a companhia teria interesse em comprar uma parcela da Arm caso ela passasse por um processo de listagem em bolsa, em vez de ser vendida à Nvidia.

“Se a Arm tiver um futuro independente, eu acredito que você verá muito interesse de diversas companhias do ecossistema, incluindo a Qualcomm, de investir na Arm”, disse o executivo.

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