Investir em criptomoedas pode se tornar ainda mais arriscado quando existe a promessa de “ganhos constantes” por parte de uma empresa. Geralmente, casos assim podem estar relacionados a um esquema de pirâmide.

Nesta quinta-feira (25), a Polícia Federal anunciou a apreensão de uma grande quantia em dinheiro na capital fluminense ligada a uma empresa suspeita de praticar esse tipo de esquema.

A ação é parte de uma operação chamada ‘Kryptos’, uma investigação que trata de fraudes de cifras bilionárias envolvendo o uso de criptomoedas como o bitcoin — considerado atualmente como o terceiro investimento preferido dos brasileiros.

O valor final do montante ainda não foi contabilizado pelas autoridades, no entanto, foram encontradas pelo menos seis malas com notas de real e moedas estrangeiras na casa de um empresário. O alvo principal da operação, segundo a Folha, é um funcionário da GAS Consultoria Bitcoin.

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A empresa teria participação chave em um esquema de pirâmide que funcionava em parceria com outras firmas especializadas em transações com criptomoedas.

Alvos da operação movimentaram bilhões

Durante a operação ‘Kryptos’, também foram apreendidos o equivalente a R$ 150 milhões em criptoativos, a maior apreensão já realizada até o momento no Brasil em criptomoedas.

Segundo as informações da PF, as empresas que se tornaram alvos da investigação já movimentaram cerca de R$ 40 bilhões nos últimos seis anos. Boa parte das transações ocorreram nos últimos 12 meses.

Também foram encontrados cerca de R$ 19 milhões em espécie, 21 veículos de luxo, relógios e joias.

Das nove pessoas que tiveram mandado de prisão expedido, conforme o balanço divulgado pela PF, cinco já foram presas e outras quatro seguem foragidas.

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Fonte: Folha, CNN

Golpes que usam criptomoedas explodiram em 2021

Ilustração de uma invasão hacker mirando bitcoins
Popularidade do bitcoin pode ter motivado o aumento de golpes envolvendo criptomoedas. Imagem: TY Lim/Shutterstock

A informação foi divulgado pelo Whale Alert, um serviço que rastreia transações envolvedo criptomoedas. Segundo os especialistas, os cibercriminosos estão obtendo valores inéditos em 2021. Por isso, a expectativa é de que o número de vítimas por golpes envolvendo criptoativos seja muito maior este ano do que nos anos anteriores.

Em 2020, por exemplo, foram registradas cerca de 10,5 mil vítimas de fraudes envolvendo criptomoedas. No entanto, estima-se que 5,6 mil pessoas já caíram em golpes no primeiro trimestre.

O motivo para o “boom” nas fraudes segue como uma incógnita: “Não temos nenhum dado para explicar, mas pode estar relacionado à ampliação do mercado de bitcoin”, afirma Frank van Weert, fundador do Whale Alert.

Crédito da imagem principal: VoviiiK/Shutterstock

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