Definitivamente não deve ajudar na reputação de uma empresa sob a mira das autoridades. Na madrugada do último sábado, 28 de agosto, um Tesla Model 3 – segundo a polícia, atuando no piloto automático – bateu na traseira de um veículo policial parado no acostamento.

O incidente ocorreu em Orlando, na Flórida (EUA). A viatura havia parado para atender a outro veículo quebrado na estrada, um Mercedes-Benz GLK 350, modelo 2012. O policial ligou suas luzes de emergência e saiu do carro. Era pouco antes de 5h da manhã quando o Tesla bateu na lateral esquerda da viatura e atingiu o Mercedes.

O policial, que estava do lado de fora, não foi atingido. O motorista do veículo quebrado e o do Tesla sofreram ferimentos leves. O dono do Model 3 la tinha 27 anos.

Teslas batendo na polícia: problema recorrente

Não é o primeiro nem o segundo caso. Recentemente, dois membros do Senado dos EUA exigiram a investigação da Tesla por propaganda enganosa, citando 11 mortes desde 2018 causadas por veículos no piloto automático.

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Segundo eles, a Tesla e Elon Musk levam os motoristas a acreditar que seus sistemas são realmente autônomos, quando exigem atenção constante. Musk vive falando nos avanços, com vídeos demonstrando carros andando sozinhos, e o sistema de direção da Tesla se chama FSD – Full Self Driving (“direção autônoma plena”).

Em diversos desses casos, um veículo Tesla bateu atrás de uma viatura da polícia e dos bombeiros parada, com as luzes de emergência acesas. Acredita-se que possivelmente um bug no sistema faz com que as luzes confundam a inteligência artificial, que falha em detectar esses veículos.

A Tesla, em sua defesa, trouxe números sobre acidentes afirmando que carros normais cometem 9 vezes mais acidentes que Teslas no piloto automático.

O que não muda o fato de que alguns acidentes podem estar sendo causados pelo piloto automático, e não aconteceriam sem ele. Musk também falou que a próxima versão do FSD deve ser muito melhor que a atual, que “não é isso tudo”.

Imagem: Pexels/Pixabay/CC

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