O banco brasileiro Inter anunciou na sexta-feira (27) a compra da fintech americana Usend, que atua no mercado de câmbio e viabiliza repasses de dinheiro entre países. A aquisição, que não teve o valor divulgado, faz parte da estratégia de internacionalização da empresa, que ainda aguarda um sinal verde do Banco Central (BC) para dar continuidade no processo de integração.

A Usend está há 16 anos no mercado e possui mais de 150 mil clientes. A empresa tem licença para atuar em mais de 40 estados dos EUA e, por isso, a aquisição pelo traz sinergia ao planejamento do Inter para ofertar produtos não apenas aos brasileiros, mas também ao mercado norte-americano.

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Após a conslusão da compra, os principais executivos da Usend, liderados pelo fundador e CEO, o brasileiro Fernando Fayzano, seguirão à frente da operação americana e vão tocar toda a integração das operações, que irá reunir as soluções da Usend à plataforma do Inter.

Também está nos planos de expansão de produtos para o território americano do banco a oferta de crédito e corretagem de valores.

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“O Inter terá a vantagem de contar com estrutura e base de clientes sólidas, se posicionando como um full digital banking nos EUA, oferecendo produtos e serviços mais baratos, justos e eficientes”, afirmou Rubens Menin, empresário e presidente do conselho de administração do Inter, à CNN Brasil.

Em uma superfície de madeira, há um cartão do Banco Inter e, ao lado, um smartphone exibindo o logo do mesmo banco na tela.
Banco Inter compra fintech nos EUA e avança mais um passo em seu objetivo de internacionalização. Crédito: DihandraPinheiro/Shutterstock

Inter e a estratégia de internacionalização

O Inter vem seguindo seu plano de internacionalização desde o ano passado, quando ofertou mais ações na Bolsa de Valores, em um processo conhecido como “follow on”, o que lhe rendeu R$ 5,5 bilhões.

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O CEO do banco mineiro, João Vitor Menin, vem reforçando a ideia há algum tempo, ao afirmar que seu objetivo é que a plataforma seja utilizada também em outros países.

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Em maio deste ano, a companhia também informou seus planos de deixar a bolsa de valores brasileira e fazer uma reorganização societária para listar suas ações na Nasdaq, dos Estados Unidos. Na B3, serão mantidos apenas os recibos de novos papéis (BDRs).

A reestruturação societária fará com que o Banco Inter migre sua base acionária para a Inter Plataform, nome que será dado à instituição financeira lá fora.

Crédito da imagem principal: divulgação/Banco Inter

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