Agendado para o próximo dia 16, o lançamento do satélite Landsat 9, da Nasa, precisou ser adiado em uma semana. O motivo, de acordo com a agência espacial norte-americana, é a falta de nitrogênio líquido, que serve como combustível para o foguete responsável por conduzi-lo ao espaço.

O satélite Landsat 9, um projeto conjunto da Nasa e do Serviço Geológico dos EUA (USGS), irá decolar do Complexo de Lançamento Espacial 3 na Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, a bordo do foguete Atlas V, da United Launch Alliance.

Escassez de nitrogênio líquido adia lançamento do satélite Landsat 9. Imagem: USSF 30th Space Wing / Chris Okula

Escassez de nitrogênio líquido tem relação com a Covid-19

A escassez de oxigênio líquido causada pelo novo pico de Covid-19, que noticiamos há alguns dias aqui no Olhar Digital, está ocasionando a falta de nitrogênio líquido no mercado.

“As atuais demandas pandêmicas de oxigênio líquido médico impactaram o fornecimento do suprimento de nitrogênio líquido necessário pela Defense Logistics Agency (DLA) e seu fornecedor Airgas”, disse a Nasa, em comunicado.

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De acordo com funcionários da agência, a Nasa tem seu próprio fornecedor de oxigênio líquido que cobre o lançamento de missões do Centro Espacial Kennedy, na Flórida. O mesmo fornecedor, geralmente, também fornece o oxigênio líquido para as missões da United Launch Alliance.

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Mas, como o Airgas está ajudando na entrega de cargas de oxigênio líquido aos hospitais, o problema passa a ser de logística, devido à falta de motoristas disponíveis para fazer as entregas em Vandenberg. 

“Airgas converte o nitrogênio líquido em nitrogênio gasoso necessário para o teste do veículo de lançamento e sequências de contagem regressiva. DLA e Airgas agora implementaram esforços para aumentar o fornecimento de nitrogênio líquido para Vandenberg”, informou a Nasa.

Satélite Landsat 9 da Nasa atuará em conjunto com o 8, substituindo a missão Landset 7

Segundo a Nasa, a missão Landsat 9, que envolve US$885 milhões, continuará a função do programa de monitorar e gerenciar recursos da Terra, como plantações, água e florestas. 

Os satélites Landsat têm sido uma ferramenta fundamental para os cientistas desde o lançamento do primeiro deles, em 1972. 

O satélite Landsat 9 substituirá o satélite Landasat 7, que está em órbita desde 1999, e funcionará em conjunto com o Landsat 8, que foi lançado em 2013. A dupla fará imagens da Terra a cada oito dias. Para isso, eles carregam dois instrumentos científicos que irão analisar a luz refletida do planeta em diferentes comprimentos de onda para detectar até mesmo as mudanças mais minuciosas nos lagos, rios e florestas do globo.

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