A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está avaliando o pedido de cinco empresas que pretendem fornecer internet via satélite ao Brasil, o que deve atender às localidades que ainda sofrem com a falta de conexão – principalmente as mais afastadas.

Entre os nomes que se destacam para disputar o posto de fornecedor está a SpaceX, do empresário Elon Musk. A gigante está na disputa ao lado de outros nomes como Kepler, OneWeb, Swarm e Lightspeed.

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As empresas devem utilizar cerca de 4,8 mil satélites para atender todo o país. A previsão é que os dispositivos se espalhem ao redor da Terra, a uma distância de 570 km, e enviem o sinal para o solo com um atraso de, no máximo, 40 milisegundos.

SpaceX pretende lançar internet via satélite no Brasil. Imagem: SpaceX

Apesar de inovador, os membros da Anatel que avaliam os pedidos estão agindo com cautela para entender quais os impactos que uma rede de telecomunicações via satélite pode trazer ao país.

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Especialistas acreditam que uma rede tão ampla em baixa altitude (até 2 mil km) pode gerar problemas para o lançamento de foguetes e satélites na Base de Alcântara (MA).

Militares que controlam 70% dos equipamentos por satélite da Telebras repudiam a ideia e temem interferências nos sinais de satélites utilizados para fins de segurança nacional.

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O presidente da Anatel, Leonardo Euler de Moraes, afirmou, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, que a tecnologia avançou tanto em velocidade de conexão à internet quanto em capacidade, o que pode garantir a conexão de países de grandes dimensões territoriais e com desafios geográficos.

No entanto, Moraes ressalta a importância de trabalhar com organização e coordenação técnica na instalação dessas megaconstelações de satélites para garantir a coexistência com as redes já estabelecidas e que estão em operação.

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O projeto da SpaceX

Um dos principais nomes mundiais na busca por internet via satélite é a empresa do bilionário Elon Musk. A SpaceX espera investir US$ 30 bilhões na construção da Starlink, a rede de satélites mundial que fornecerá conexão para toda a Terra.

O projeto da rede deve ser terminado até 2029 e, diferentemente dos satélites de TV ou de operadoras de celular que são geoestacionários, ou seja, ficam fixos em relação à Terra, os satélites da SpaceX devem permanecer orbitando ao redor do planeta.

As voltas devem durar no máximo duas horas, e os equipamentos vão se revezando pelos países – enquanto um satélite está saindo do campo de alcance de um território, um novo está chegando para substituí-lo.

Crédito da imagem de destaque: AleksandrMorrisovich/Shutterstock

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