Por Juan Jensen*

Falar sobre a importância da análise de dados atualmente é ser redundante. A pandemia de covid-19 reforçou o valor que decisões embasadas em informações têm no dia a dia das empresas. Aquelas que estavam mais estruturadas para isso conseguiram se adaptar mais rapidamente aos problemas impostos pelo coronavírus.

Em contrapartida, a grande maioria que ainda enxergava o ambiente digital como algo secundário em sua estratégia sucumbiu às incertezas econômicas. Entretanto, ter boa vontade para analisar dados não é suficiente. É preciso incorporar certas características em sua estrutura. Confira:

1 – Cultura data driven

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Não adianta acordar de uma hora para outra e decidir que sua empresa vai fazer análise de dados em seus processos – e ainda esperar resultados rápidos! É preciso desenvolver uma cultura data driven dentro da organização. Isto é, implementar iniciativas que estejam totalmente orientadas ao ato de coletar, tratar, armazenar e analisar dados. Ainda que seja um tema muito importante, não são todas as companhias que têm esse serviço maduro e consolidado. Logo, é preciso inseri-lo no dia a dia corporativo.

2 – Objetivos claros

Além de ter uma cultura orientada aos dados, é preciso definir claramente o que fazer com eles. Antes de coletar e analisar informações, a empresa deve identificar as metas e os objetivos que pretende alcançar com a tarefa. Hoje, não dá mais para armazenar todos os dados que encontrar no ambiente digital. A Lei Geral de Proteção aos Dados Pessoais (LGPD) está em vigor desde setembro de 2020 e estabelece regras e normas para as organizações sobre o uso consciente dessas informações.

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3 – Definição de prioridades

É um erro pensar que o dado, por si só, vai trazer todas as respostas que a empresa precisa. Ele é apenas um elemento que precisa ser combinado a outros dados para, a partir daí, entregar inteligência. Dessa forma, é necessário saber quais informações são mais prioritárias para o negócio e focar na análise delas para conseguir tomar as melhores decisões. Será que um varejo de tecnologia precisa saber o tipo de roupa que um usuário utiliza, por exemplo?

4 – Compliance

Todas as empresas em algum momento já ouviram essa expressão entre 2019 e 2020. É o termo da moda no ambiente corporativo e diz respeito à adequação dos processos internos e externos às boas práticas do mercado, normas e legislação vigente do setor. Com a LGPD em vigor e com as sanções que estão ocorrendo a partir de agosto 2021, é necessário criar uma política de governança corporativa para deixar claro o caminho das informações dentro da empresa. Se possível, com um profissional especializado e exclusivo para esse serviço.

5 – Tecnologia eficiente

Por fim, é preciso que a empresa tenha estrutura tecnológica capaz de suportar todas as tarefas inerentes à análise de dados: coleta, processamento, tratamento e armazenamento das informações. Diante do grande volume de dados, não dá mais para fazer tudo isso com planilhas! A boa notícia é que a organização não precisa investir em soluções tecnológicas. Basta encontrar empresas especializadas nesse segmento para ter acesso a um novo mundo de informações e decisões, potencializando o negócio como um todo no futuro.

*Juan Jensen é Chairman e CFO da 4intelligence da 4Intelligence, startup de soluções que apoiam a tomada de decisão por meio da análise de dados

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