O Talibã é um grupo extremista fundamentalista que tomou o comando do Afeganistão há pouco mais de um mês, após as tropas dos Estados Unidos anunciarem a saída completa do país.

Com o grupo rebelde no poder, diversos habitantes do Afeganistão passaram a tentar deixar o país por medo de repressão, principalmente, aqueles que trabalharam para organizações internacionais e para o governo dos EUA.

Nações de todo o mundo entraram em ação para retirar pessoas do país, no entanto, o Facebook e cofundador do LinkedIn, Reid Hoffman, decidiram financiar um voo para evacuar 188 jornalistas, trabalhadores humanitários e outras pessoas que estavam em perigo.

Radicais do Talibã em frente a um Super Tucano
Facebook e confundador do LinkedIn financiam voo para refugiados do Afeganistão. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Os passageiros do voo seriam levados para Abu Dabhi para, em seguida, serem conduzidos para Cidade do México. Porém, além dos 188 listados, funcionários da companhia aérea responsável pelo voo colocaram mais 155 passageiros dentro do avião.

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Apesar da boa intenção, os convidados extras despertaram preocupação para todo o mundo, inclusive para as autoridades migratórias que tinham o voo tinha como destino, além dos financiadores do resgate.

De acordo com o governo dos Emirados Árabes Unidos, os 188 listados inicialmente foram conduzidos para o México, enquanto os outros 155 e os funcionários da empresa aérea Kam Air continuam no país para devida identificação.

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O secretário de estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, elogiou a atitude de empresas privadas como o Facebook e outras instituições de caridade que estão trabalhando para retirar pessoas do Afeganistão, porém, alertou para o perigo da ação, bem como, afirmou que isso dificulta os processos de segurança que estão sendo adotados pelos EUA.

“Vidas extras sendo salvas nunca devem ser associadas a uma reclamação”, afirmou o advogado e ex-fuzileiro naval dos EUA que ajudou a organizar os voos, Eric Montalvo, em entrevista a Bloomberg. “A vida é preciosa. Não se pode criar as circunstâncias para o fracasso e então culpar as vítimas desse fracasso por seu desejo de sobreviver ”, completou.

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